Professores realizam ‘bandeiraço’ para exigir reajuste salarial no interior do AM

Bruno Pacheco – Especial para Revista Cenarium

ITACOATIARA (AM) – Professores da rede estadual de ensino do Amazonas estão em greve desde 17 de maio e realizaram um “bandeiraço” na manhã desta sexta-feira, 19, na Avenida Parque, em Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus), em conjunto com os profissionais da rede municipal de educação da cidade. Ambas as categorias exigem, respectivamente, 25% e 14,95% de reajustes salariais.

Ao lado de estudantes, o grupo também fez uma caminhada até a sede da prefeitura, na rua Luzardo Ferreira de Melo, Centro. Os pagamentos dos vencimentos estão em tratativas com os educadores, o Governo do Amazonas e a prefeitura de Itacoatiara.

O movimento desta sexta-feira, que iniciou por volta de 7h30, na avenida em frente à loja Bemol, se estendeu ao longo da manhã com a caminhada até a sede do Executivo local, onde os manifestantes levaram cartazes e faixas reivindicando benefícios.

A manifestação no município, nesta manhã, foi realizada com a participação de alguns estudantes, que foram ao movimento uniformizados. O grupo também realizou um ato em frente à Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Itacoatiara, entre a avenida Parque e a rua Luzardo de Melo, para também apoiar as reivindicações dos professores municipais.

Conversas

Enquanto os professores da rede estadual têm uma contraproposta do Governo do Amazonas, que apresentou um reajuste salarial imediato de 8%, os educadores da rede municipal de Itacoatiara devem aguardar, pelo menos, mais 30 dias para saberem quanto a prefeitura vai propor para a categoria local. Isso porque, nesta sexta-feira, o Executivo municipal prometeu enviar, ao Ministério da Educação (MEC), um pedido de complementação de repasse.

Acontece que, segundo informou o Sindicato dos Professores Municipais de Itacoatiara (Simpemi), à reportagem, a previsão é que a prefeitura só tenha retorno do MEC em um mês, quando uma nova reunião com os educadores deve ser realizada para que ambas as partes cheguem em um denominador comum.

A medida foi anunciada na última segunda-feira, 15, quando os professores do sindicato tiveram a primeira reunião, em dois anos, com o prefeito Mário Abrahim (PSC), para tratar do repasse estabelecido em janeiro deste ano em uma portaria do MEC. O documento prevê o reajuste de 14,95% no piso salarial da categoria em todo o País.