Profissionais de saúde de Presidente Figueiredo, no AM, denunciam três meses de falta de pagamento; ‘não somos valorizados’, diz enfermeiro

Hospital Geral Eraldo Neves Falcão, do município de Presidente Figueiredo (Divulgação)

Bruno Pacheco e Gabriel Ricardo – Da Revista Cenarium

MANAUS – Profissionais de saúde do município de Presidente Figueiredo (a 127 quilômetros de Manaus, no Amazonas), procuraram a REVISTA CENARIUM para denunciar descaso da prefeitura com os trabalhadores da área que atuam na linha de frente de combate ao novo Coronavírus. Segundo eles, os funcionários contratados de forma emergencial durante a pandemia, estão há três meses sem receber pagamento.

“Não sabemos o que fazer. Ninguém fala nada, já vão pagar o pessoal de novo e nós estamos esquecidos. […] Muita gente foi infectada e não somos valorizados”, disse um enfermeiro que atua no Hospital Geral Eraldo Neves Falcão. Com medo de represálias, o profissional, que teve o contrato com a prefeitura iniciado no dia 26 de março deste ano, não quis se identificar.

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Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Presidente Figueiredo, por meio da assessoria de comunicação, não explicou e nem confirmou o motivo dos atrasos e se limitou a dizer que o pagamento dos servidores começaram a ser efetuados na terça-feira, e segue até quinta-feira, 25, em que todos os contratos devem ser pagos.

Presidente Figueiredo, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), registrou até essa terça-feira, 23, 873 casos da Covid-19, sendo 20 óbitos causados pela doença.

Na última semana, foi realizada testagem da Covid-19 nos servidores de saúde e da guarda municipal. Por meio das redes sociais, a prefeitura destacou que a segunda fase da ação é testar a população de forma voluntária.

“A partir desta semana, equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SEMS) está visitando alguns bairros da sede do município e realizando a testagem da população”, informou.

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