Profissionais do futebol ‘driblam’ a pandemia com treinos em casa e miram a volta das competições


07 de junho de 2020
A Arena da Amazônia deve receber mais de 30 jogos profissionais até o fim de 2020 (Divulgação)
A Arena da Amazônia deve receber mais de 30 jogos profissionais até o fim de 2020 (Divulgação)

Thiago Fernando – Da Revista Cenarium

MANAUS – A pandemia do novo Coronavírus mudou a rotina da sociedade, em 2020. Com a implementação do isolamento social, uma série de restrições passaram a dificultar muitas atividades. Academias, parques e áreas de lazer tiveram que fechar. Todavia, para os profissionais do esporte, parar não é uma opção.

Após fazer parte – com destaque – do plantel do Manaus FC que fez história ao garantir o acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro, no ano passado, o atacante Rossini agora encara os desafios de manter uma forte rotina de treinamentos isolado.

“É uma rotina diferente. Não estávamos acostumados a treinar em casa, mas é a circunstância que temos que passar. O professor Murilo (preparador físico do Manaus) está acompanhando de perto e acredito que vamos voltar bem. Precisamos contar também com o esforço pessoal. Estou me dedicando ao máximo nos treinos para que na volta, eu esteja bem e dê alegrias para a nossa torcida”, disse o atacante.

Rossini realiza os treinamentos focando no desafio que o Manaus FC terá durante a Série C do Brasileiro

Pelos lados da Vila Municipal, os trabalhos também não pararam. De acordo com o treinador de goleiros do Nacional, Raphael Perrone, foi necessário utilizar a criatividade para manter os rígidos treinamentos.

“Desde que paramos os treinos, sempre conversei com os goleiros para tentar monitorar da melhor maneira possível, os treinamentos deles. Pelo menos para manter a parte física, por saber que fica bem mais complicado ter o trabalho com a bola. Sempre passo orientações”, informou Perrone, que encontrou no aplicativo Hame Court, financiado pela NBA, um aliado para dinamizar a preparação física realizada em casa.

“Descobri o app através de um amigo, o Thiago Mel (treinador de goleiro do Coritiba). Ele é muito utilizado por jogadores da NBA para treinamentos em casa. Antes de passar para os goleiros, testo os exercícios. Gravo um vídeo para demonstrar como devem ser feitos. Além disso, minha esposa e eu também estávamos utilizando esse aplicativo para nos exercitar”, disse o preparador.

Raphael Perrone e sua esposa utilizam o aplicativo Hame Court durante os treinamentos

Questionado sobre a volta das competições, Raphael Perrone se mostrou otimista em relação ao tempo que os clubes vão precisar para recondicionarem os seus atletas. O preparador afirmou que justamente os goleiros que terão mais dificuldades.

“Acredito que, se os atletas estiverem seguindo a rotina de treinamento passada pelo Nacional, não vamos precisar de uma pré-temporada completa (30 dias). Pelo o que planejamos, eles vem retornar com 50% ou 60% da capacidade física. Os goleiros serão os que mais vão sofrer, porque necessitam do contato com a bola. Essa vai ser a dificuldade”, concluiu.

Já planejar um novo desafio

Apesar de sem clube após o encerrar seu contrato com o Nacional, o goleiro André Regly revelou que segue treinando forte em sua cidade natal, Caxambu (MG). Por ser filho de uma o professora de educação física, o arqueiro afirmou que teve sua rotina de treinos planejada para não sentir a pausa do futebol.

André conta com a ajuda da mãe durante os treinamentos

“Tenho treinado seis dias na semana, sendo em dois períodos alguns dias. Minha mãe tem me ajudado quando faço os circuitos. Por ser professora de educação física, também consegue me ajudar nisso. Com relação ao retorno do futebol , acredito que a Série D do Brasileiro é a mais complicada de ser realizada, por diversos motivos como as grandes viagens e condições financeiras dos clubes”, citou André.

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