Programa ‘Pé Diabético’ atende mais de 170 mil pacientes no AM
31 de julho de 2023
Programa Pé Diabético da Policlínica da Codajás (Divulgação)
Andreza Maria Cunha – Da Revista Cenarium
MANAUS – O tratamento de lesões em decorrência da diabete é ofertado em quatro policlínicas da rede estadual de saúde do Amazonas. O programa “Pé Diabético” não cuida apenas dos ferimentos do paciente, mas realiza um apoio multidisciplinar aos cidadãos que buscam a ajuda do projeto. Apenas na Policlínica Codajás, localizada no bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus, o projeto já recebeu, desde 2017, até maio deste ano, 56.195 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Ambulatório de Lesões.
Há dois meses, a autônoma Leila dos Reis, 50, acompanha a mãe de 85 anos até a unidade para fazer o curativo em uma lesão cujo processo de cicatrização é mais lento por conta da doença.
“Ela ficou internada, estava com erisipela bolhosa e a perna acabou infeccionando. Após a alta ela foi encaminhada para a (policlínica) Codajás e a ferida já está ótima. Gostei muito daqui. Muitas pessoas diziam que não era bom, mas não é verdade. Isso é mito. As meninas tratam todos muito bem, elas são excelentes e está tudo ficando bem com a minha mãe”, explicou Leila.
Leila e a irmã acompanham a mãe na Policlínica Codajás. (Andreza Maria Cunha/ Revista Cenarium)
“Pé Diabético”
O programa foi criado em 2014 e é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES/AM) e a associação Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam), na Policlínica Codajás. Atualmente, o projeto foi ampliado para as Policlínicas Zeno Lanzini, no Tancredo Neves, na zona Leste, Policlínica Danilo Corrêa, no Cidade Nova, zona Norte, e na Policlínica José Lins, no bairro Redenção, na zona Centro-Oeste de da capital amazonense.
O diretor-geral da Policlínica Codajás, o fisioterapeuta Ráiner Figueiredo, explicou como o paciente lesionado deve procurar pelo projeto.
“A porta de entrada para o programa sempre será uma Unidade Básica de Saúde. Então, esse paciente precisa antes procurar pela atenção primária e, dependendo da complexidade do caso, será encaminhado para a policlínica mais próxima da sua residência para ser atendidos pelo programa”, informou o diretor.
“Psicólogos, nutricionistas, médicos, enfermeira, estomaterapeuta, entre outros profissionais, estão envolvidos nesse processo. Além de tratarmos a ferida, o paciente que recebe alta após a cicatrização das lesões começa a participar do Programa de Egressos, onde ele participa uma vez ao mês de palestras e faz parte do programa de reabilitação para que a lesão não volte”, explicou Figueiredo.
Enfermeira Hanna Carvalho e o diretor da Policlínica Codajás, Ráiner Figueiredo. (Andreza Maria Cunha/ Revista Cenarium)
Egressos
Iniciado em 2017, o projeto já atendeu mais de 37 mil pacientes, que receberam alta do Programa Pé Diabético e passaram a ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar para evitar novas lesões e melhorar a qualidade de vida. De acordo com Hanna Carvalho, enfermeira estomaterapeuta e supervisora do programa, o foco passou a ser o corpo do paciente, não apenas a área lesionada por conta da diabetes, mas o autocuidado.
“O objetivo é reduzir a volta das lesões após um paciente conseguir se recuperar de uma cicatrização. O programa identificou que existia essa vulnerabilidade de abrir uma nova lesão no paciente e por isso criou-se o Egresso. Ele ajuda no monitoramento da saúde do paciente e na questão do autocuidado. Motivamos o paciente sobre o autocuidado para ele ter autonomia e empoderamento para conduzir a sua gestão do cuidado”, salientou a enfermeira.
Ainda segundo a supervisora, os pacientes das outras unidades atendidos pelo Pé Diabético e que se recuperam são encaminhados somente à Policlínica Codajás após o período de curativos.
“Uma vez ao mês realizamos o acolhimento. Todos os pacientes que receberam alta dos serviços participam nessa data única de uma palestra educativa e sai com um plano de atendimento já desenhado na carteirinha deles. Ele já sai com as consultas marcadas com a equipe multiprofissional para a gente conseguir conduzir esse cuidado após a recuperação.” Destacou Hanna.
Um pequeno ferimento pode causar lesão difícil de cicatrizar, para quem tem diabete. (Andreza Maria Cunha/ Revista Cenarium)
Dica
O controle do diabete é feito com uma alimentação balanceada prescrita por um nutricionista, o uso correto dos medicamentos e em alguns casos com a prática de exercícios acompanhados por um profissional. Em caso de descontrole da glicemia é importante procurar uma unidade de saúde que oferte o atendimento especificamente para diabéticos.
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