Projeto anula criação de comitê sobre regularização ambiental de imóveis rurais na Amazônia


09 de setembro de 2020
Projeto anula criação de comitê sobre regularização ambiental de imóveis rurais na Amazônia
Os bancos Santander e Bradesco também participam da conferência.(Reprodução/Internet)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 366/20 anula os efeitos do decreto do presidente Jair Bolsonaro que criou, no dia 10 de agosto, o Comitê Gestor do Projeto de Cooperação Brasil-Alemanha para Regularização Ambiental de Imóveis Rurais na Amazônia e em Áreas de Transição para o Cerrado. O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados.

Autor do projeto, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) afirma que, ao promover a regularização fundiária de propriedades localizadas em uma área de 6,374 milhões de hectares na Amazônia – equivalente aos territórios dos estados do Rio de Janeiro e de Sergipe juntos – o decreto torna legítimas terras públicas invadidas e griladas na floresta amazônica.

“Ao invés de punir quem destrói a Amazônia ou ao menos tentar frear o aumento do desmatamento, o governo vai na contramão e publica um decreto não apenas lesivo ao meio ambiente, mas manifestamente ilegal, legitimando aqueles que, há anos, se apossam de terras públicas e as desmatam ilegalmente, tornando lícitos os produtos de seus crimes”, diz Molon.

O deputado cita dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que mostram aumento de 34% no desmatamento da Amazônia nos cinco primeiros meses de 2020. “Tudo isso em um momento em que investidores estrangeiros, com mais de R$ 10 trilhões disponíveis, ameaçam desinvestir no Brasil caso não haja avanço na preservação da Amazônia. Percebe-se que o decreto é lesivo não apenas ao meio ambiente, mas também à economia”, acrescenta o deputado.

(*) Com informações da Agência Câmara de Notícias

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