Projeto preserva registros documentais e fotográficos de ex-presidentes do TCE-AM

Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Museu do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) resgata a história dos 33 ex-presidentes da instituição em um projeto pioneiro de criação de acervo da carreira dos antigos gestores. A iniciativa para eternizar essa memória consiste na produção de álbuns com documentos, jornais, cartas, discursos, anotações e curiosidades, material cedido pelos familiares.

Iniciado em 2019, o projeto já concluiu o álbum de cinco ex-presidentes: Paulo Pinto Nery, José Raimundo Franco de Sá, Armando Andrade de Menezes, Coriolano Cidade Lindoso e José Ribeiro do Nascimento. Mais cinco estão em produção e, quando finalizados, serão entregues às famílias dos homenageados.

O coordenador-geral do Departamento de Pesquisa, Memória e Documentação do TCE-AM, Josetito Dutra Lindoso, explica que o trabalho inicia na garimpagem de material documental e fotográfico em posse das famílias. Depois, esse material é digitalizado e até restaurado, em algumas ocasiões, e pode ser devolvido para a família ou ficar no museu, dependendo do desejo dos descendentes.

Para ele, a criação do acervo possibilita, a quem tiver interesse, entender e tomar conhecimento de como o TCE-AM foi essencial para a história do controle de contas do Estado. “São 33 ex-presidentes, então são 33 possibilidades de nós termos uma série de documentos inéditos guardados com essas famílias que, de uma forma muito generosa, cederam para o tribunal esse acervo“, afirma. “Muitas vezes, documentos importantes estão na posse da família, e a família nem sabe que tem aquilo ali”.

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Conhecimento da história

Tito Lindoso, cujo pai foi Coriolano Cidade Lindoso, um dos ex-presidentes da Corte de Contas, lembra que teve a oportunidade de encontrar um documento que considera importante para história da educação no Amazonas: o ato de nomeação de um professor da antiga Fundação Universidade do Amazonas (FUA), atualmente Universidade Federal do Amazonas (Ufam), assinado pelo presidente da República Juscelino Kubitschek.

“Era um ato de nomeação do doutor Paulo Nery como professor da Fundação Universidade do Amazonas, a FUA. Naquela época, quem assinava o ato de nomeação de um professor da universidade era o presidente da República. Esse documento é importante para família, para ele, professor que foi nomeado naquela época, ter o presidente da República o nomeando“, explica.

O objetivo é concluir os álbuns dos 33 ex-presidentes e disponibilizar o material em um site, que ainda está em processo de criação pela equipe do museu. “O critério é começar [a produção dos álbuns] dos mais antigos pros mais novos, mas todos vão entrar”, conclui Josetito.