Projeto quer incentivar instalação de startups no Amazonas

Empresa viu nicho em transporte de passageiros e encomendas (Divulgação/NavegAM)
Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA – Tornar o Amazonas um Estado mais atrativo para a implantação de startups passa pela facilidade de acesso aos fundos de financiamento do governo federal. O Brasil possui hoje cerca de 14 mil startups, segundo dados da empresa de consultoria HSM Management. A maioria se concentra nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

Uma proposta do deputado Delegado Pablo (PSL-AM), aprovada pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), da Câmara dos Deputados, quer garantir acesso menos burocrático a recursos federais para beneficiar e atrair empresas de inovação tecnológica a novos centros empresariais, como a Zona Franca de Manaus (ZFM).

A proposta do parlamentar altera a Lei 7.827/89, que criou os fundos constitucionais de financiamento do Norte, Nordeste e do Centro-Oeste (FNE, FCO e FNO). A medida mudou também a Lei 10.177/01, que define como os fundos são utilizados. Os benefícios trazidos com a mudança também vão fomentar startups dos outros Estados da região Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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Startup oferece serviços voltados para transporte fluvial (Divulgação/NavegAM)

Facilidades

Geferson Oliveira é CEO da NavegAM, uma startup que trabalha com a mobilidade na Amazônia, região cujas estradas são os rios. Ele e o sócio perceberam a necessidade de passageiros e clientes de barcos no Amazonas e resolveram disponibilizar uma plataforma, para fazer um gerenciamento completo para quem utiliza o transporte fluvial para viajar ou enviar e receber encomendas.

 A NavegAM surgiu em 2019 e já atua em duas frentes: serviço de passagem e o segmento de logística. O empresário comenta que o maior entrave enfrentado pelas startups no Amazonas é a burocracia e teme que mesmo com a proposta de facilidades para acesso a recursos do governo federal, isso acabe sendo algo muito demorado, o que acaba sendo prejudicial para essas empresas.

“Tudo que envolve governo tem muita burocracia. Temos o PIM, existem recursos para serem investidos em empresas de base tecnológica, mas, geralmente, quem consegue este dinheiro são os institutos que desenvolvem para outras empresas. As startups precisariam de uma maior flexibilidade para ter acesso a esses recursos e uma forma mais rápida e simples e liberdade para desenvolverem corretamente os seus negócios”, afirma o CEO.

A proposta do parlamentar amazonense segue agora para as comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, além da votação em plenário.

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