Promovido pelo Corecon/AM, encontro debate futuro da Zona Franca de Manaus: ‘perspectivas e tendências’

O evento reuniu entidades renomadas na área da economia local (Cristie Sicsú/Reprodução)
Beatriz Araújo – Da Revista Cenarium

MANAUS – Em alusão à Semana do Economista, celebrada no período de 11 a 13 de agosto, o Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM) promoveu um debate na quinta-feira, 11, sobre a importância do Polo Industrial de Manaus (PIM), por meio da “Mesa-Redonda: Zona Franca de Manaus – Tendências e Expectativas”.

Realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), no Centro de Manaus, o evento reuniu representantes de instituições técnicas que abordaram a importância do modelo econômico para a Amazônia e o Brasil. A iniciativa faz parte da série de ações realizada pelo presidente do Corecon/AM, Marcus Evangelista.

A mesa teve a participação do vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, do professor Osiris Silva, técnico da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Jessé Rodrigues, e do titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Ângelus Figueira. O debate foi mediado pela jornalista e diretora da REVISTA CENARIUM, Paula Litaiff.

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Jessé Rodrigues técnico da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Divulgação/Corecon)

O encontro foi transmitido nas plataformas do Corecon/AM e do Conselho Federal de Economia (Cofecon). Os debatedores levantaram discursos sobre a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), alíquota cobrada em inúmeros produtos fabricados no Brasil e um dos meios de garantir mais investimentos para o modelo econômico.

Para o presidente do Corecon/AM, Marcus Evangelista, o debate contínuo sobre o peso do Polo Industrial de Manaus (PIM) na economia nacional contribuirá na desmistificação de que o modelo é um problema para o Brasil. “Com uma arrecadação anual de mais de R$ 15 bilhões e a geração de 103 mil empregos direitos e outros 500 mil indiretos, a Zona Franca de Manaus é referência em economia limpa para o mundo”, disse Evangelista.

Presidente do Corecon/AM, Marcus Evangelista (Divulgação/Corecon)

A mediadora Paula Litaiff destacou a importância de se analisar as tendências do modelo e perspectivas de novos vetores econômicos suplementares, em um encontro transmitido pelo Conselho Federal de Economia. “Só com informação técnica e embasamento é possível acabar com a ignorância do Brasil sobre a Zona Franca de Manaus. A edição da REVISTA CENARIUM, de julho deste ano, tentou mostrar isso em seu conteúdo e, também, levamos o debate para um Congresso Nacional de Jornalismo”, disse.

Papel do economista

O economista Nelson Azevedo destacou a importância do papel dos especialistas em economia na instalação de novos negócios na ZFM. Para ele, o profissional é peça fundamental no trâmite econômico, entre empresas e investidores.

“Esse debate é muito adequado para o momento em que estamos vivendo. O economista é o nosso embaixador, por isso, quando os investidores visitam a nossa cidade, eles ficam na mão dos economistas que fazem todo o amparo técnico para que os melhores negócios sejam feitos na região. Então, mesmo que o nosso modelo seja extremamente atacado por diversos governos, ainda é atrativo, e isso é fruto da atuação dos economistas, que mostram o nosso modelo como um lugar muito bom para investir”, disse.

Angelus Figueira e o economista Nelson Azevedo (Divulgação/Corecon)

Políticas de sustentação

Para Jessé Rodrigues, é necessário pensar em políticas de sustentação para aumentar a autonomia da ZFM e garantir mais visibilidade do modelo no cenário nacional, o que apresentaria uma solução para o aumento de investimentos.

“Acredito que quando pensamos na Zona Franca de Manaus em curto, médio e longo prazo precisamos pensar em uma política de sustentação. Para isso, é necessário, na segurança jurídica proporcionada pela legislação tributária, que reduzisse o grau de incerteza de quem fosse investir na ZFM”, afirma Rodrigues ressaltando os impactos.

“Por outro lado, teríamos uma política de crédito para esses investimentos. Somente assim, teríamos um suporte institucional que reduziria os riscos ligados à instabilidade institucional e isso reflete, diretamente, no sistema produtivo que, hoje, sofre com o receio dos investidores que desejam investir na Zona Franca, tirando o modelo do radar”, comentou.

Os especialistas apresentaram sugestões para que a ZFM não perca vantagem competitiva no mercado (Ana Pastana/CENARIUM)

Projetos econômicos

Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Angelus Figueira, o debate é importante para o reconhecimento do dia a dia do economista. Ele declara que a participação do Estado se dar em sinal de respeito aos profissionais e ao Corecon que realizam o evento.

“Nós representamos o governo e a nossa presença é o nosso reconhecimento da importância, não só do evento, mas do dia a dia do economista. O Governo do Estado do Amazonas externa seu reconhecimento”, relata o secretário que afirma ainda que a ZFM só avança graças aos projetos desenvolvidos por economistas.

“O Amazonas avança, a Zona Franca avança, graças a projetos bem elaborados, bem encaminhados. No próximo dia 25, nós teremos reunião do Codan, 63 projetos frutos do trabalho de economistas, que vão gerar mais de 2.500 empregos diretos no Estado do Amazonas. Em sinal de respeito que nós participamos deste debate proposto pelos economistas”, finaliza.

Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Angelus Figueira (Reprodução/Corecon)
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