Proposta da Reforma Eleitoral pode ser votada na próxima semana

Reforma Eleitoral deve voltar à pauta da Câmara em segundo turno (Will Shutter/Câmara dos Deputados)

Cassandra Castro – Da Cenarium*

BRASÍLIA (DF) – Uma matéria muito aguardada pela classe política pode voltar ao plenário da Câmara dos Deputados, na próxima terça-feira, 17, a proposta da reforma eleitoral que será apreciada em segundo turno. Caso seja aprovada nesta sessão, ela segue para o senado onde também vai precisar ser votada em dois turnos.

Deputada Renata Abreu (Pode/SP) é relatora da proposta ( Cleia Viana – Câmara dos Deputados)

O texto aprovado em primeiro turno foi na forma de um substitutivo da deputada Renata Abreu (Pode/SP) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 125/11. O texto aprovado na comissão especial determinava o uso do “distritão” nas eleições de 2022, mas o Plenário retirou esse trecho, na última quarta-feira, 11. O “distritão” é um apelido para o sistema de eleição majoritário, segundo o qual apenas os mais votados são eleitos nos seus distritos.

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Coligações entre partidos podem voltar


Como parte do acordo para derrubar o “distritão”, o Plenário aprovou a volta das coligações partidárias para as eleições proporcionais (deputados e vereadores) a partir de 2022. Para que isso ocorra, a PEC precisa ser aprovada no Senado e virar emenda constitucional antes do começo de outubro (um ano antes do pleito).

Votos em mulheres


A proposta prevê ainda a contagem em dobro dos votos dados a candidatas e a negros para a Câmara dos Deputados, nas eleições de 2022 a 2030, para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (Fundo Eleitoral). Entretanto, essa contagem em dobro será aplicada apenas uma vez, ou seja, os votos para uma candidata negra, por exemplo, não poderão ser contados em dobro duas vezes.

Eleição presidencial


A eleição presidencial permanece como é atualmente. Nessa quinta-feira, 12, os deputados retiraram do texto o item que previa o fim do segundo turno para eleições de presidente da República e o uso de votos em cinco candidatos e reposicionamento de votos, caso o mais votado não obtivesse a maioria absoluta dos votos.

Iniciativa popular

O texto aprovado muda ainda os critérios para a apresentação de projetos de iniciativa popular, que são aqueles oriundos da sociedade civil por meio de apoio com a coleta de assinaturas.

Atualmente, a Constituição permite a apresentação desse tipo de projeto quando ele for apoiado por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, e em cada um deles deve haver um mínimo de 0,3% de eleitores que subscrevem o projeto. Com a PEC, essa iniciativa passa a depender apenas do apoio de 100 mil eleitores, independentemente da distribuição pelos estados, e podendo ser de forma eletrônica.

(*) Com informações da Agência Câmara de Notícias

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