Próximo do período de vazante, rio Negro alcança 29,99 metros e bate novo recorde

Praça da Igreja Matriz vira palco da maior cheia dos últimos 100 anos na capital amazonense (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Carolina Givoni – Da Revista Cenarium

MANAUS – Após o rio Negro atingir os 29,99 metros nesta sexta-feira, 4, a cota da enchente severa estipulada em 29 metros foi novamente superada, estabelecendo um novo recorde. O fenômeno ocorre próximo ao período de estabilização da cheia e da vazante, previsto pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para ocorrer nas próximas semanas.

Na terça-feira, 1º, o nível do rio Negro, em Manaus, atingiu 29,98 metros, se tornando a maior cheia dos últimos 100 anos na capital amazonense. Desde então, o rio cresceu um centímetro, mas já superou a cheia de 2012, com 29,97 metros. Agora, os 29,99 metros do rio são o maior nível já atingido desde 1902, quando a cota da água começou a ser registrada.

Além da capital, outras 58 das 62 cidades do Amazonas também foram afetadas pela enchente. Segundo a Secretaria Executiva de Ações de Proteção e Defesa Civil, o Estado tem 455.573 pessoas acometidas e 111.096 famílias atingidas pelo desastre.

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No dia 31 de maio, o CPRM noticiou o último alerta de cheia do rio Negro para Manaus. A previsão é que o nível do rio alcance 30 metros. A pesquisadora do CPRM, Luna Gripp, declarou que o nível dos rios no Estado tende a se estabilizar nas bacias do Solimões e Negro e nas próximas semanas começar o período de vazante.

“A tendência para os próximos dias é uma estabilização, a gente já vem observando aí na região, principalmente na central da bacia do Negro, Solimões e Amazonas. É de estabilização e a partir das próximas semanas provavelmente os rios devem começar a baixar, é isso que a gente começa a observar”, explicou Luna.  

Cheia e lixo

A cheia do rio Negro neste ano voltou a mostrar um antigo problema que fica em maior evidência com a enchente em Manaus. Nos igarapés que cortam a cidade e rio que banha a capital, o volume de lixo saltou aos olhos, assim como o nível das águas, e passou a incomodar mais ainda os moradores de localidades que são obrigados a conviver com os resíduos nas portas das residências.

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