‘Pseudopatriotas’, diz Moraes sobre foragidos que atacam soberania brasileira


Por: Marcela Leiros

01 de agosto de 2025
‘Pseudopatriotas’, diz Moraes sobre foragidos que atacam soberania brasileira
Alexandre de Moraes em sessão plenária extraordinária do STF (Antonio Augusto/STF)

MANAUS (AM) – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes fez críticas, durante a sessão plenária de abertura do segundo semestre do Poder Judiciário nesta sexta-feira, 1°, a brasileiros que estão foragidos fora do País e tentam submeter o Brasil a interesses estrangeiros.

Sem citar nomes, o magistrado os chamou de “brasileiros pseudopatriotas” e apontou os atos como traição à pátria, com finalidade de obstrução à Justiça, em referência indireta a pessoas como o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que desde fevereiro está morando nos Estados Unidos.

[Age de maneira] covarde porque esses brasileiros pseudopatriotas encontram-se foragidos escondidos fora do território nacional. E traiçoeira essas condutas porque atuam por meio de atos hostis, mentirosos, derivados de negociações espúrias e criminosas com a patente finalidade de obstrução à Justiça, gerando com essa maneira covarde e traiçoeira de atuar, gerando reflexos nocivos à economia e à sociedade brasileira“, disse o ministro.

Ministros e público na sessão plenária do STF nesta sexta-feira, 1° (Rosinei Coutinho/STF)

Alexandre de Moraes também afirmou que são muitas as provas de condutas ilícitas, não apenas de instigação e auxílio na tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro país, como de afronta à soberania nacional.

É uma verdadeira traição à pátria, uma traição covarde e traiçoeira. Fartas provas nas investigações comprovando essas condutas ilícitas. Não só induzimento, instigação e auxílio na tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro estado, ao estado estrangeiro, com clara afronta à soberania nacional, mas também fartas provas demonstrando auxílio na negociação espúria, vil, traiçoeira com autoridades estrangeiras pra que se pratique atos hostis à economia do Brasil“, acrescentou.

Esta foi a primeira sessão do STF após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acionar a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, assim como a primeira vez que o ministro falou publicamente do caso. A medida de Trump contra Moraes veio com imposição de tarifas aos produtos brasileiros, motivada pelo objetivo de livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do julgamento por tentativa de golpe de Estado.

Originalmente, a lei norte-americana foi criada para punir indivíduos envolvidos com abusos de direitos humanos, corrupção ou que facilitem essas práticas, mas o caso de Moraes se diferencia porque tem motivações políticas. Ele é o primeiro brasileiro, e primeiro integrante de uma Suprema Corte, a ser sancionado com base na legislação. As medidas incluem bloqueio de bens e proibição de transações financeiras.

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