Psol diz que não pedirá mandato de Freixo à Justiça após desfiliação do deputado

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), em foto de janeiro de 2020: parlamentar quer concorrer ao governo do Rio em 2022 (Roberto Moreyra/Agência O Globo)
Com informações do O Globo

RIO DE JANEIRO — O Psol informou nessa sexta-feira, após o anúncio da saída do deputado federal Marcelo Freixo (RJ), que não pedirá seu mandato à Justiça. Freixo entregou sua carta de desfiliação nesta semana e vai migrar para o PSB ainda neste mês, mas não deve ser acompanhado por outros parlamentares do partido. Em nota, a direção estadual do Psol disse que decidiu não requerer o mandato de Freixo pela “necessidade da segurança proporcionada pelo cargo de deputado”, diante das “permanentes ameaças” recebidas, “além do reconhecimento do papel que ele cumpre no Congresso Nacional”.

Como regra, deputados precisam aguardar a janela partidária, que abre em março de 2022, para fazer mudanças de sigla, sob risco de perda de mandato. Freixo, contudo, entrou em acordo com a direção do Psol para adiantar sua desfiliação e acelerar a montagem de sua pré-candidatura ao governo do Rio. Ele vem defendendo a formação de uma “frente ampla contra o bolsonarismo” com alianças fora da esquerda — incluindo nomes como o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) —, o que gerou residência no Psol. 

“Mesmo com votações individuais expressivas, mandatos são fruto de construções coletivas e pertencem aos partidos. Mas diante das permanentes ameaças recebidas por Marcelo Freixo e da necessidade da segurança proporcionada pelo cargo de deputado federal para seguir com sua atuação política, além do reconhecimento do papel que ele cumpre no Congresso Nacional, o Psol decidiu não requerer à Justiça o mandato do parlamentar”, diz a nota da executiva estadual do Psol.

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Em 2018, Freixo foi o segundo deputado federal mais votado do Rio, com 342 mil votos, atrás apenas de Hélio Lopes (PSL-RJ). Para suprir a ausência de Freixo em 2022, ano em que a cláusula de barreira para acesso ao fundo partidário ficará mais rígida, o Psol estuda lançar o vereador Tarcísio Motta como deputado federal. O próprio Tarcísio se dispôs a conversar internamente sobre esta possibilidade. Em 2018, ele somou mais de 800 mil votos no Estado ao concorrer ao governo.

Outros nomes cotados pelo Psol para concorrer à Câmara ou até a cargos majoritários, como o Senado, são o também vereador Chico Alencar e o pastor evangélico Henrique Vieira.

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