PT pede medidas cautelares para evitar fuga de Bolsonaro
Por: Cenarium*
18 de março de 2025
BRASÍLIA (DF) – Em ação protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 18, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias e o deputado federal Rogério Correia, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), reforçam o pedido para o Supremo dotar medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os petistas querem proibir o ex-presidente de se ausentar de Brasília sem autorização judicial, bem como de se aproximar de embaixadas estrangeiras na capital federal.
O documento endereçado ao STF solicita a imposição de restrições a fim de evitar que Bolsonaro deixe o País e prejudique as investigações sobre supostos crimes cometidos durante e após seu governo.
De acordo com o pedido, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e outros 36 indivíduos por crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O relatório da Polícia Federal (PF) aponta que, em caso de fracasso do golpe, Bolsonaro planejava fugir para os Estados Unidos. Esse plano teria sido adaptado após a derrota eleitoral em 2022, quando o ex-presidente viajou para Orlando e permaneceu no exterior por três meses.
“Apesar de não empregada no ano de 2021, o plano de fuga foi adaptado e utilizado no final do ano de 2022, quando a organização criminosa não obteve êxito na consumação do golpe de Estado. Conforme será descrito nos próximos tópicos, JAIR BOLSONARO, após não conseguirem o apoio das Forças Armadas para consumar a ruptura institucional, saiu do país, para evitar uma possível prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas do dia 08 de janeiro de 2023 (“festa da Selma”)”, descreve trecho do relatório.
Apreensão de passaporte
O STF já determinou a apreensão do passaporte de Jair Bolsonaro em janeiro de 2024, pois foi considerado o risco de fuga. Além disso, existem elementos que indicam que o ex-presidente possa buscar asilo diplomático. Apesar disso, Bolsonaro afirmou em entrevista que ainda poderia fugir do Brasil se quisesse, buscando estadia em alguma embaixada, caso tenha prisão decretada.