Quase 500 vagas do ‘Mais Médicos’ são destinadas aos Estados da Amazônia
Por: Ana Cláudia Leocádio
19 de março de 2025
BRASÍLIA (DF) – O Ministério da Saúde destinou 496 vagas no Programa Mais Médicos para os nove Estados da Amazônia Legal, das 2.279 mil abertas para preenchimento. O Pará foi a Unidade da Federação contemplada com o maior número de profissionais no primeiro edital de 2025.
De acordo com o ministério, com as 2,2 mil vagas abertas agora, o programa, criado em 2013, alcançará 28 mil profissionais em todos os municípios do País, que atuarão no atendimento da Saúde da Família. Atualmente, são 26 mil contratados, contra 13,1 mil até 2022.
Para o Estado do Pará, foram destinadas 169 vagas, seguido do Maranhão, com 117 profissionais a serem selecionados. O Amazonas vem em terceiro, com 69. Depois está o Mato Grosso (68), Tocantins (24) e Rondônia (22). Os entes da região com menor número de vagas são Acre (12), Amapá (9) e Roraima (6).

Ainda conforme o Ministério, 709 cidades da Amazônia Legal serão contempladas por esta primeira seleção. O foco será nas regiões de maior vulnerabilidade e áreas de difícil acesso. Ao todo, “1.296 municípios de todos os Estados terão vagas imediatas e os outros 3.475 poderão manifestar interesse e ter ampliação de profissionais”.
Adesão
O Mais Médicos tem regras para os gestores de Estados e municípios aderirem ao programa, que deve ser por meio de inscrição no sistema e-Gestor até o dia 24 de março. O resultado está previsto para ser divulgado dia 8 de abril. O edital também prevê vagas afirmativas para médicos negros, quilombolas, indígenas e com deficiência.
Os municípios são os responsáveis pela adesão ao programa, informando ao governo federal as suas necessidades. Há um trâmite burocrático para se tornar elegível às vagas que serão ofertadas e selecionadas, segundo informações do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
Carga horária
Os profissionais contratados estarão sujeitos a cumprir uma carga horária de 44 horas semanais, das quais 36 são para o atendimento à saúde primária e oito horas para atividades pedagógicas, caso o profissional faça cursos de aperfeiçoamento.
Às prefeituras cabe garantir moradia no próprio município, que atendam ao padrão médio de habitação da localidade, podendo ser em forma pecuniária ou oferta de acomodação pelo município.