Quase metade dos brasileiros não ativaram limite para as transações do Pix, aponta levantamento

Os bancos e instituições financeiras permitem ajustes de acordo com o horário e o tipo de transação (Eduardo Valente/Infoglobo)
Com informações do Estadão

SÃO PAULO – Cerca de metade dos brasileiros ainda não configurou limites para as transações feitas com Pix, embora 70% saibam que esse ajuste é possível. Os números são de pesquisa do C6 Bank, realizada em parceria com o Ipec. O levantamento, feito entre os dias 20 e 27 de maio, entrevistou 2 mil pessoas das classes A, B e C e com acesso à internet.

Entre os entrevistados, 47% ainda não ajustaram os limites de transferência. Os bancos e instituições financeiras permitem ajustes de acordo com o horário e o tipo de transação. Os limites do Pix foram introduzidos pelo Banco Central, em novembro do ano passado, como medida de segurança diante do aumento de crimes associados ao sistema.

À época, a maior preocupação era com sequestros relâmpago, em que o cliente é obrigado a fazer transferências pelo sistema; agora, o setor financeiro se debruça sobre o aumento de roubos e furtos de celulares, muitas vezes seguidos de transferências de dinheiro, via Pix, para outras contas.

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Segundo a pesquisa C6/Ipec, 36% dos brasileiros já definiram novos valores para as transferências com Pix, e 6% deles fizeram o ajuste para apenas um dos bancos que utilizam. Ao todo, 12% responderam não se lembrar.

“O ideal é que as pessoas ajustem os limites diário e noturno de transações com Pix, para o menor valor possível, de acordo com seus gastos diários”, diz em nota José Luiz Santana, head de cibersegurança do C6. Os bancos permitem o ajuste dos limites em seus aplicativos.

O levantamento também perguntou sobre fraudes. Ao todo, quase 30% dos entrevistados afirmaram que outra pessoa já tentou fazer compras ou contratar serviços em seu nome.

Como alterar o limite do Pix

No aplicativo do respectivo banco, o usuário deve entrar na área Pix e depois procurar pela subcategoria “Limites Pix” para estabelecer o valor diário máximo permitido para transferência. 

Por determinação do Banco Central, a instituição financeira deve acatar, imediatamente, a solicitação caso o pedido seja para redução do valor. Em caso de pedido de aumento, é necessário aguardar a avaliação do banco, que pode levar de 24 a 48 horas.

O usuário pode definir limites conforme horário: diurno (6h às 20h) e noturno (20h às 6h). O valor fica a critério da necessidade de uso do cliente. Mas o limite surgiu para evitar o roubo de dinheiro em sequestros relâmpagos, principalmente, no período da noite. 

Com a chegada do Pix Saque, que permite a retirada de dinheiro em estabelecimentos comerciais e redes de caixas 24 horas, é possível também configurar, da mesma forma, o limite diurno e noturno dessa modalidade.

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