Quatro brasileiras estão entre mais influentes do mundo em políticas de gênero

Das brasileiras que ganharam destaque, três delas atuam na área de tecnologia e inovação para equidade e uma na de ação feminista para justiça climática (Reprodução/Internet)

INGLATERRA- Quatro brasileiras estão entre as 100 personalidades mais influentes do mundo em políticas de gênero na lista que a fundação britânica Apolitical divulgou na quinta-feira, 25. A lista é uma referência na área e, entre os nomes, já figuraram a ex-primeira-dama americana Michelle Obama e a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet.

Das brasileiras que ganharam destaques, três delas atuam na área de tecnologia e inovação para equidade e uma na de ação feminista para justiça climática.

Joana Varon

Fundadora e diretora-executiva da Coding Rights, organização feminista focada em mostrar as desigualdades de poder por trás do uso e implementação de tecnologias, é cocriadora de diversos projetos que navegam entre o ativismo, as artes e a tecnologia.

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Seu foco está em trazer perspectivas latino-americanas para a busca de estruturas feministas para moldar o desenvolvimento, a implantação e o uso de tecnologias. “As tecnologias não são neutras, podem propagar opressões de gênero em todas suas interseccionalidades de raça, sexualidade, classe, território”, diz Joana à Universa.

“Nesse sentido, tentamos apontar como tecnologias podem ser utilizadas para ampliar o alcance e as formas de violência e de censura e a vigilância de pautas feministas. Seja por um vazamento de nude, por anúncios que reforçam preconceitos dos papéis de gênero ou por apps de ciclo menstrual, o que vendem são nossos dados íntimos, enquanto isso, vamos usando a criatividade para hackear o patriarcado”, comenta Joana.

Deborah De Mari

Fundadora e CEO da Força Meninas, startup educacional pela qual já passaram mais de 43.000 garotas de todo o Brasil desde 2016. A ideia é capacitar meninas para liderança, desenvolvendo suas habilidades sociais e emocionais e estimulá-las a participar de áreas como ciência, finanças e tecnologia.

Durante a pandemia, ela conseguiu conectar mulheres com potencial de liderança às adolescentes que participam do programa, para continuar o trabalho de desenvolvimento de capacidades e discutir oportunidades para o futuro. Como descreve a fundação Apolitical, Deborah trabalha para encontrar caminhos para acelerar a igualdade de gênero e interromper o ciclo de desigualdade de gênero.

Roberta Solis

Líder de Integridade Judicial do Programa para a Implementação da Declaração de Doha do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), uma plataforma “de juízes e para juízes” para fortalecer a integridade judicial e prevenir a corrupção no sistema judicial.

Procuradora federal desde 2005, se envolveu em diversas iniciativas internacionais contra a corrupção. Citada pela Apolitical como destaque em sua área por impactar diretamente nas questões relacionadas a gênero no judiciário como as implicações do uso de inteligência artificial para as mulheres.

Natalie Unterstell

Ativista ambiental, entra na lista na área de ação feminista para justiça ambiental. Natalie trabalhou na Amazônia, em estreita colaboração com povos indígenas, legisladores e líderes empresariais e já atuou no Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, ligado à Presidência da República.

Fundadora de “think thanks” ligados às áreas climática, igualdade de gênero e gestão ambiental, é consultora de iniciativas como a Liga das Mulheres pelo Oceano. Em 2018, foi selecionada para a mais importante expedição feminina à Antártica, onde reafirmou seu compromisso com o avanço da ação climática.

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