Queiroga assume Saúde e cresce expectativa sobre Pazuello no Ministério da Amazônia

Marcelo Queiroga ao lado de Eduardo Pazuello. (Reprodução/Internet)

Michelle Portela – Da Revista Cenarium

BRASÏLIA – O médico Marcelo Queiroga foi empossado ministro da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro, em cerimônia reservada, no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 23. A nomeação de Queiroga, assim como a exoneração de Eduardo Pazuello, ex-ministro da pasta, não foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Pazzuelo entrega o ministério no pior momento da pandemia de Covid-19, com recordes sucessivos de mortes e contaminações. Com isso, cresceu a expectativa em torno da criação do Ministério Extraordinário da Amazônia, para a qual ele estaria cotado para ser remanejado dentro do governo Bolsonaro.

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Atualmente, o Brasil soma mais de 295 mil mortes pela Covid. A mudança foi motivo de debates desde o final de semana. Na avaliação do também ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, a troca ocorreu porque Pazuello “se exauriu” no cargo diante de questionamentos sobre sua política.

“Ele (Pazuello) formou um ministério, cuja função era não ser ministro da Saúde, não orientar, não fazer, se anular, sair do SUS, sair do Pacto Federativo, minar o sistema por dentro’, disse em entrevista ao canal de notícias My News, do youtube.com.

Histórico

Na terça-feira, 16, um dia após a sua indicação, Queiroga pediu “união da nação para enfrentar a ‘nova onda’ da pandemia de Covid-19”. Na ocasião, o médico cardiologista fez um pronunciamento em que defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) e citou a importância das “evidências científicas” em futuras ações da pasta, mas sinalizou que fará uma gestão de continuidade.

Parlamentares

O pedido de criação do Ministério Extraordinário da Amazônia foi formalizado pelo deputado federal Átila Lins, do PSD do Amazonas. “Estou insistindo junto ao presidente Jair Bolsonaro na criação do Ministério da Amazônia Legal, porque entendo que precisamos centralizar em um só órgão todas as ações que precisam ser implementadas para o desenvolvimento da nossa região”, disse em suas redes sociais.

Para o ex-presidente da Comissão de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Cdeics), Bosco Saraiva (Solidariedade/AM), caso seja confirmada a criação do Ministério Extraordinário da Amazônia, será uma boa oportunidade para acelerar o desenvolvimento da região. “Poderemos fazer chegar até a Presidência da República nossos antigos pleitos de verdadeira integração com o restante do País via terrestre, por meio da BR 319, assim como o desenvolvimento industrial de nossas nativas potencialidades minerais e vegetais”, diz.

Já para o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL/AM), a transição no comando do Ministério da Saúde não pode depender de outros fatores e que precisa ser “rápida”. “Não dá para um País que tem quase três mil mortes por dia e quase 300 mil mortos ficar esperando um ministro se descompatibilizar de uma empresa privada da qual ele é sócio-administrador. Não temos tempo para esperar. O ministro precisa resolver isso urgentemente, tomar posse e tomar as providências”, disse.

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