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Queiroga diz que ministério só decide vacinação em crianças em 5 de janeiro de 2022
Menino recebe dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em Roma, na Itália, em 15 de dezembro deste ano (Andrew Medichini/AP)
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18 de dezembro de 2021
Com informações da Folhapress
MANAUS – Apesar da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde decidiu estabelecer um procedimento mais longo para autorizar a imunização desse público, e só vai anunciar a decisão sobre o assunto em 5 de janeiro.
Segundo o ministro Marcelo Queiroga (Saúde), o prazo mais extenso é importante por se tratar de um “tema sensível”.
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“A Anvisa, através de uma decisão de uma gerência própria, incluiu a vacina da Pfizer para aplicação em crianças na faixa etária entre 5 e 11 anos”, disse. Mas, segundo Queiroga, a “introdução desse produto no âmbito de uma política pública requer uma análise mais aprofundada” do ministério.
Em 22 de dezembro a Cetai (Câmara Assessora de Imunizantes) vai “oferecer suas opiniões e seu documento técnico” e, em 4 de janeiro, haverá uma audiência pública para discutir o tema. Só no dia seguinte o ministério anunciará sua decisão final a respeito da vacinação em crianças.
A Anvisa autorizou o uso da vacina da Pfizer em crianças dessa faixa etária, na quinta-feira, 16. Até então, o modelo da fabricante tinha o uso permitido, no País, apenas em pessoas com mais de 12 anos.
Apesar da liberação, o início da vacinação não pôde ocorrer imediatamente porque o Ministério da Saúde ainda não solicitou a compra de doses específicas para a faixa etária. A previsão é imunizar 70 milhões de crianças.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), que sempre criticou a vacina contra a Covid-19 e tentou barrar a imunização de menores de 18 anos, disse nesta quinta-feira (16) que pretendia divulgar o nome dos técnicos “para que todo mundo tome conhecimento quem são essas pessoas e, obviamente, forme seu juízo”.
Pelo menos duas ameaças foram enviadas à Anvisa, contra diretores e técnicos do órgão, de grupos contrários à vacinação das crianças. No primeiro caso, o autor foi identificado e levado a depor. Os responsáveis por aprovar a vacinação de crianças repudiaram qualquer tipo de ameaça.
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