Quem vai lutar por nós?

Nas últimas semanas só se falou em uma coisa: Zona Franca de Manaus. Depois de muita pressão do povo e dos parlamentares do nosso Estado, uma vitória: a redução do IPI foi suspensa. O modelo de negócios da ZFM está protegido. Mas por quanto tempo? Fica difícil não voltarmos neste tema aqui na coluna quando temos um organismo tão importante para o nosso Estado sendo ameaçado. Vamos conversar sobre isso?

Apesar das nossas belezas naturais e do orgulho que temos da nossa cultura, entendemos que nosso Estado está geograficamente desfavorecido. Os rios belíssimos que cortam o Amazonas também fazem com que o acesso a nós fique mais limitado. Nossa extensão territorial é gigantesca, o que também torna as viagens mais demoradas.

Apesar de termos muitos talentos e muita forma de fomentar economias alternativas, precisamos de tempo. Não temos como, de uma hora para outra, gerar a quantidade de empregos e ou criar algo com a mesma relevância econômica que a ZFM nos dá. Precisamos de proteção. Mas e agora, quem vai fazer isso por nós?

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Nós não precisamos de um salvador. Somos e continuaremos sendo nossos próprios heróis. Aqui existimos, resistimos e precisamos de uma vez por todas ter orgulho da nossa luta e de tudo que construímos. Vocês entendem que se nós mesmos não tomarmos as rédeas do que é nosso, ninguém vai fazer isso por nós? Apesar das redes sociais terem gerado uma polarização política grande, eu acredito em seu poder transformador. Foi por meio dela que criamos uma nova geração mais interessada nos assuntos relevantes do nosso País. Foi por meio desse acesso que pudemos conhecer outros pontos de vista, conversar com pessoas que pensam como nós ou que pensam totalmente diferente.

Use essa vantagem para gerar debates saudáveis, para cobrar os políticos e para protestar. Um indivíduo sozinho não pode fazer muita coisa, mas juntos nós somos uma potência.

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(*)Amazônida, pai e sapateiro.

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