‘Quero que a justiça seja feita’, diz pai e companheiro de vítimas de acidente com jet ski


Por: Marcela Leiros

22 de setembro de 2025
‘Quero que a justiça seja feita’, diz pai e companheiro de vítimas de acidente com jet ski
Geovane Gonzaga era pai e companheiro de vítimas do acidente (Ricardo Oliveira/Cenarium)

MANAUS (AM) – Geovane Gonzaga, pai e marido de duas vítimas que morreram no acidente entre um jet ski, conduzido pelo empresário Robson Tiradentes, e uma embarcação, no sábado, 20, afirmou à TV CENARIUM querer que a justiça seja feita, assim como que o responsáveis pela tragédia paguem pelo que chamou de irresponsabilidade.

Pra frente eu quero que a justiça seja feita, pagar pelos atos de irresponsabilidade deles”, disse Gonzaga. Ele também estava na embarcação junto à companheira, Marcileia Silva Lima, 37 anos, o filho, Jhon da Silva Gonzaga, de sete meses, e o vigia Pedro Batista da Silva, 42 anos, que morreram na colisão.

Geovane explicou, à reportagem, como ocorreu a dinâmica do acidente. Segundo ele, a família e o condutor do barco retornavam de um torneio quando foram atingidos pela moto aquática conduzida por Tiradentes. Ele caiu na água e conseguiu se recompor antes de se afogar, mas os outros três ocupantes da embarcação não tiveram a mesma sorte.

A gente saiu de lá e estava retornando pra casa, dez e meia da noite. O Pedro vinha com a lanterna, focando e desfocando. O jet [ski] vinha no escuro também, quando a gente sentiu só foi o impacto, eu caí já apagado no rio. Quando eu ia afundando eu retornei, consegui boiar e chamei pela minha esposa, chamei pelo Pedro, aí não vi mais [ninguém]“, contou.

O Corpo de Bombeiros informou que a moto aquática colidiu com a embarcação e, com o impacto, o grupo foi arremessado no rio. O corpo da mulher e da criança foram localizados na tarde desse domingo, 21, e o do vigia logo depois. Geovane Gonzaga foi resgatado com vida.

Acidente

A Marinha do Brasil informou que a Capitania vai investigar o acidente de jet ski envolvendo o empresário e ex-vereador Robson Tiradentes e os ribeirinhos. Em nota, a força naval afirmou que será instaurado inquérito para apurar as causas e circunstâncias do acidente.

Uma equipe da Capitania deslocou-se até o Lago de Acajatuba, em Iranduba (AM), para acompanhar as diligências. Além da Marinha, a Delegacia Fluvial (Deflu) realiza diligências no local para também apurar as circunstâncias do caso.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram como ficou a moto aquática e o bote após a colisão. O jet ski, de cores preto e amarelo, nomeado como “Lady Kei”, teve a parte frontal danificada com o impacto. Já a embarcação, composta por alumínio, ficou danificada na parte lateral.

Moto náutica e embarcação após a colisão (Reprodução)

O empresário e radialista Ronaldo Tiradentes confirmou, em nota, que o irmão dele, Robson Tiradentes, conduzia a moto aquática no momento da colisão. Segundo informações repassadas pelo radialista, o irmão, Robson, precisou passar por atendimento médico e aguarda o esclarecimento do caso.

Meu irmão, Robson, sofreu fraturas no rosto e na bacia e será operado agora à tarde [domingo, 21]. Eu [Ronaldo Tiradentes] e minha família estamos em orações por todos os envolvidosA família espera que uma perícia possa ajudar a esclarecer os fatos até agora muito confusos”, disse.

Condução noturna de motos aquáticas é proibida

Em nota à CENARIUM, a Marinha do Brasil, autoridade marítima brasileira, afirma que estabelece regras específicas para a condução de motos aquáticas em todo o País. Conforme a NORMAM/212/DPC, documento que regula a atividade de motonautas, a condução desses veículos é restrita ao período entre o nascer e o pôr do sol, ficando proibida a navegação noturna. A medida tem como objetivo garantir maior segurança na prática, considerando que a visibilidade reduzida aumenta o risco de acidentes.

Trecho retirado da NORMAM 212/DPC (Reprodução/Marinha do Brasil)

Além do horário limitado, a norma determina que tanto o condutor quanto o passageiro usem coletes salva-vidas homologados e que a embarcação esteja equipada com a chave de segurança conectada ao condutor, recurso que desliga o motor em caso de queda. Também é exigido que a moto aquática possua registro junto à Capitania dos Portos e que o piloto seja habilitado como Motonauta (MTA), garantindo que apenas pessoas capacitadas possam conduzir esse tipo de embarcação.

A proibição da navegação noturna de motos aquáticas é vista como uma medida preventiva fundamental. Sem iluminação adequada e com a menor visibilidade durante a noite, aumentam os riscos de colisões, quedas e outros acidentes que podem ser fatais. Por isso, a rnoite, aumentam os riscos de colisões, quedas e outros acidentes que podem ser fatais. Por isso, a regulamentação da Marinha busca equilibrar o lazer e o esporte aquático com a segurança dos envolvidos.

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