‘Rabeta Literária’ arrecada livros para doar às crianças de comunidade de Manaus

Obras serão doadas às crianças da Comunidade Novo Horizonte, localizada no bairro Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus (Reprodução/Internet)

Eduardo Figueiredo – Da Revista Cenarium

MANAUS – O projeto “Rabeta Literária” está recebendo doações de livros lúdicos, quadrinhos, romances, contos e gibis para doar às crianças da Comunidade Novo Horizonte, localizada no bairro Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus, durante uma ação literária que acontece neste sábado, 26.

O projeto surgiu em 2017, no município de Tefé – distante 521km de Manaus -, mas segundo a fundadora Cineuda Bessa, a vontade sempre foi trazer para a capital. “Manaus é uma cidade grande e tudo longe. Ontem, recebi o convite para ir a uma comunidade nesse próximo sábado e fiz a divulgação no Instagram para arrecadar livros”, declara a fundadora à REVISTA CENARIUM.

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Bessa destaca que um dos intuitos do projeto é “movimentar os livros que temos em casa, guardados, e fazer a doação para levar onde tem mais dificuldade”. Quem quiser fazer doações pode entrar em contato pelo Instagram (@cineudabessa).

O projeto

Segundo Cineuda, o projeto começou em Tefé, apenas como uma ‘brincadeirinha’, em 2017; mas foi em 2019, após a ajuda de uma amiga, que a ação ganhou forma sendo batizada de “Literatura nos Rios”.

“Eu trabalhava na biblioteca da cidade e vendo que os jovens não procuravam por ela, eu fui duas ou três vezes nas comunidades deixar livros didáticos, nas escolas, e a partir daí me veio a ideia. ‘Bom, se os jovens da cidade não procuram a biblioteca vou trazê-la para o interior’. Em 2019, uma funcionária da Azul viu e quis me ajudar, mas me pediu o projeto escrito e eu nem tinha, nem nome e muito menos algo escrito, mas fiz um com 15 linhas, mais ou menos, e criei o nome ‘Literatura nos Rios’ e foi dando certo”, conta a bibliotecária.

Ações começaram em comunidades ribeirinhas de Tefé (Reprodução/Instagram)

Até então, as ações eram realizadas apenas nas comunidades ribeirinhas próximas à Tefé, onde Bessa levava os livros, fazia roda de leitura com as crianças, troca de livros e brincadeiras didáticas. “Separei alguns livros e fui em uma comunidade próxima, e as crianças e adolescentes amaram, afinal, eram livros diferentes, ricos, com desenhos ilustrativos. Arrisquei ir na segunda, deu certo também. Daí, tivemos a ideia de mudar o nome para ‘Rabeta Literária’, pelo fato do nosso transporte ser a Rabeta”, relembra

Em 2020, o projeto foi inscrito no edital do Prêmio Feliciano Lana, da Lei Aldir Blanc e foi contemplado em segundo lugar.

*Colaborou Ana Carolina Beauvoir

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