Receio de militares produzirem falso relatório sobre urnas preocupa TSE

(Arte: Mateus Moura)

Circulam nos corredores e gabinetes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) falas recorrentes com o relatório que será produzido por militares sobre as urnas eletrônicas. Não há nenhum receio sobre a segurança das mesmas. Mas, alguma distração ou falta de conhecimento técnico que poderia criar erros em pontos onde não existem. Além disso, pode haver sugestões de mudanças em alguns pontos dos softwares ou hardwares usados nas eleições.

Reaproximação com o PIB

No primeiro caso, a preocupação é que talvez alguns cidadãos creiam no falso erro. No segundo caso, a sugestão desnecessária pode ser impossível de implementar devido ao calendário eleitoral. Tal situação pode fazer com que eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem interessa descredibilizar o sistema eleitoral, desconfiem ainda mais do sistema de votação. Por falar no presidente, são frequentes as suas tentativas de reaproximação com o empresariado depois da carta em defesa da democracia e do sistema eleitoral da USP, assinada pela nata do PIB brasileiro. O Planalto sentiu o golpe.

Moderação

Muitos operadores do Planalto já “jogaram a toalha” desistiram de buscar moderação no discurso do presidente. Está claro que a estratégia de confronto com os poderes, sobretudo o Judiciário, deve persistir ao menos até 7 de Setembro, que será um marco para a campanha eleitoral. Bolsonaro quer aproveitar as paradas militares do Dia da Independência para mais uma vez pegar carona na imagem dos militares e transformá-las em extensão das passeatas em sua defesa, que devem ocorrer em todo o País. Será uma data relevante para a campanha eleitoral.

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PL afrouxa portaria

Foi protocolado na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) na última terça-feira, 2, um projeto de lei que facilita a instalação de empreendimentos no entorno de terras indígenas no Estado. De autoria do deputado Tony Medeiros (PSD), o PL prevê a dispensa de aprovação da Funai no licenciamento ambiental de obras e empreendimentos fora da faixa de 2 km no entorno de terras indígenas, e de obras e empreendimentos de médio e pequeno impacto ambiental dentro da faixa de 2 km. O PL afrouxa uma portaria segundo a qual a Funai deve apresentar um relatório sobre os possíveis impactos que a obra licenciada terá nas comunidades indígenas e opinar pela sua viabilidade ou não.

Ouro ilegal e big techs

Segundo reportagem publicada pela agência Reuters, documentos da Polícia Federal (PF) apontam que um refinador italiano, fornecedor de grandes empresas, como Amazon, Apple, Microsoft e também a controladora do Google, Alphabet — comprou ouro extraído ilegalmente da Amazônia. Segundo a investigação, a companhia italiana Chimet teria comprado milhões de dólares em ouro da empresa brasileira CHM, que teria supostamente adquirido o metal precioso ilegalmente de garimpeiros. Dados do Instituto Escolhas revelam que 54% do ouro no Brasil com indícios de ilegalidade vem da Amazônia. E que 26% vêm do Mato Grosso e 24% do Pará.

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