Região Norte lidera crescimento de gado que ultrapassa 218 milhões de cabeças no Brasil

O município de São Félix do Xingu foi o campeão brasileiro em número de rebanhos (Breno Lobato/Embrapa)
Iury Lima – Da Cenarium

VILHENA (RO) – O Brasil registrou aumento de 1,5% no total de cabeças de gado bovino espalhadas por todo o País, em 2020, chegando a 218,2 milhões de animais. A alta foi impulsionada pela Região Norte, que obteve o maior rendimento, com crescimento de 5,5%.

Juntos, os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins acumulam rebanho de 52,4 milhões de cabeças, ou seja, 2,7 milhões a mais que em 2019. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM). 

Rondônia tem 16 municípios entre 100 com as maiores concentrações de rebanhos do País. (Gisele Rosso/Embrapa)

Crescimento

O Estado do Pará figurou no topo do ranking entre as unidades federativas integrantes do Norte brasileiro. São 22 milhões de animais, sendo que São Félix do Xingu se manteve na liderança nortista, com 2,4 milhões de cabeças e alta anual de 5,4%.

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O município paraense foi também o campeão brasileiro em número de rebanhos. Abaixo do Pará, na segunda e terceira posições estão Rondônia e Tocantins, respectivamente. 

PosiçãoEstadoNº total de cabeças de gado bovino
Pará 22.267.207
Rondônia14.804.398
Tocantins 9.129.804
Acre 3.802.112
Amazonas 1.437.809
Roraima925.109
Amapá 54.684
Fonte: Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM)/ IBGE

Segundo o IBGE, Rondônia, que ficou em segundo lugar, tem ainda 16 municípios inseridos no grupo das 100 cidades brasileiras com o maior número de bovinos criados para o consumo de carne e produção de leite, sendo a capital Porto Velho responsável pelo quarto maior rebanho do País.

Derivados

O número total de cabeças de gado supera o tamanho da população brasileira, formada por 214 milhões de brasileiros, de acordo com o IBGE. O índice de crescimento em 1,5% é o maior desde 2016 e impulsionou, também, a alta dos produtos agropecuários derivados.

  • Leite: 35,4 bilhões de litros;
  • Ovos de codorna: 295 milhões de dúzias;
  • Mel de abelha: 51.507.862 kg;
  • Casulos do bicho-da-seda: 2.742.372 kg, e 
  • Lã: 7.978.317 kg.


Dessa maneira, o valor de produção dos principais itens saltou em 27,1%, de 2019 para 2020, o que resultou em R$ 75,5 bilhões; 74,9% deste valor é proveniente da produção de leite, que bateu recorde em todo o País: 34,5 bilhões de litros no ano passado.

Outro recorde foi a produção de ovos, que durante a pandemia e diante das atuais dificuldades financeiras pelas quais atravessam a população brasileira se tornou a fonte de proteína mais acessível. Em 2020, foram produzidos 4,8 bilhões de dúzias, ou seja, um aumento de 3,5% ante 2019. Já o rendimento foi de R$ 17,8 bilhões, o maior desde 1999. 

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