Relator que defende cassação de Glauber por agressão já atacou jornalista
Por: Cenarium*
03 de abril de 2025
MANAUS (AM) – O processo que corre no Conselho de Ética, na Câmara dos Deputados, que pode levar o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) a perder o mandato por quebra de decoro parlamentar, após ser acusado de agressão contra um membro do Movimento Brasil Livre (MBL), está sendo relatado pelo deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) que, em 2001, protagonizou uma cena semelhante contra um jornalista.
Na ocasião, Paulo Magalhães agrediu o jornalista e escritor Maneca Muniz, que acompanhava a comitiva de deputados estaduais que protestavam contra ACM Neto. Na época, Magalhães era filiado ao Partido da Frente Liberal da Bahia (PFL-BA). O fato aconteceu em abril de 2001.
Conforme as informações veiculadas no dia da agressão, Muniz levou um pontapé de Magalhães quando autografava exemplares de seu livro “As Veias Abertas do Carlismo”, sobre um conjunto de supostas atividades irregularidades nas quais haveria envolvimento do senador.
O episódio ofuscou o desfecho da visita dos deputados, que vieram a Brasília apresentar aos presidentes do Congresso, o então presidente do Congresso Jader Barbalho, e da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), uma compilação de supostas irregularidades cometidas por seus aliados.
Glauber Braga
O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do processo contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, pediu a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro parlamentar.
Braga acusou o relator de entrar em acordo com o ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), em relação ao voto pela cassação. A votação do caso no conselho foi adiada por um pedido de vista do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Glauber Braga foi acusado pelo Partido Novo de ter expulsado da Câmara, em abril do ano passado, com empurrões e chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro.