Remoção de embarcação com corpos no Pará demora mais de 15 horas

Raisa de Araújo – Da Revista Cenarium

BELÉM (PA) – A embarcação encontrada por pescadores no Rio Caeté, em Bragança, no Pará, no último sábado, 13, com corpos em estágio avançado de decomposição, foi resgatada e rebocada até um pequeno porto flutuante no município após uma operação conjunta da Polícia Federal, Corpo de Bombeiros e Marinha do Brasil.

A remoção da embarcação levou mais de 15 horas devido à baixa maré e à necessidade de reboque em baixa velocidade. A embarcação chegou no porto da Vila do Castelo por volta das 23h30 desse domingo, 14.

Durante as operações de resgate, mais um corpo foi encontrado nas águas da Ilha do Canela, na rota para Bragança. Esse corpo estaria preso no manguezal e sem um dos olhos. O corpo foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para análise. A perícia agora se concentrará em determinar se este corpo pertence a um dos tripulantes da embarcação que foi recentemente resgatada.

Perícia

De acordo com informações divulgadas pela equipe de resgate, após a remoção do barco, serão realizados os exames médico-legais e outros exames, visando a identificação de todas as vítimas, seguindo o protocolo internacional de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). 

A equipe de peritos criminais federais da Polícia Federal, no Pará, trabalhará em conjunto com a equipe precursora de DVI da PF, composta por peritos criminais federais e papiloscopistas policiais federais do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e do Instituo Nacional de Identificação (INI), em Brasília.

Os protocolos internacionais definem as melhores formas de coleta, especialmente em quatro fases: dados antemortem (informações sobre as vítimas antes do desastre), postmortem (dados obtidos dos corpos das vítimas), local de desastre e fase de comparação.

Até o momento, não há uma estimativa precisa do número de corpos na embarcação, tampouco indicativos claros sobre a nacionalidade do barco ou das pessoas a bordo.

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