Renda de exposição de museu Alemão será destinada aos povos do Xingu


08 de fevereiro de 2025
Renda de exposição de museu Alemão será destinada aos povos do Xingu
Presidenta da Funai, Joenia Wapichana, comemora resgta de obras (Divulgação Governo Federal)

A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, recebeu nesta quinta-feira ,6, em Brasília, o presidente do Instituto Aritana, Tapi Yawalapiti do Xingu, no estado de Mato Grosso. Na ocasião, Tapi Yawalapiti informou à Funai que a renda obtida com a exposição das peças no museu alemão será destinada aos povos indígenas do Xingu, conforme acordo firmado com o Instituto.

O Instituto recebeu a posse das obras xinguanas que se encontram expostas em um museu na Alemanha. Ele também solicitou que a Funai acompanhe os trâmites do processo de doação. A princípio, não há previsão de que as obras sejam repatriadas. No entanto,

A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, celebrou a devolução. “É importante que o doador tenha reconhecido a origem e devolvido a posse das obras aos povos indígenas do Xingu”, disse a presidenta, que comemorou também o convite feito por Tapi Yawalapiti à Funai para participar do Kuarup — ritual sagrado que mantém viva a cultura e a tradição de diversas etnias do Parque do Xingu (MT).

As peças foram levadas ao país europeu com o consentimento dos indígenas, segundo o Instituto Aritana, e agora foram devolvidas aos povos do Xingu, por meio do Instituto. Apesar de não retornarem ao Brasil, a titularidade das obras é do Instituto, segundo Tapi Yawalapiti. Ou seja, mesmo que o acordo seja encerrado, as peças pertencem aos indígenas do Xingu.

A diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, destacou o protagonismo indígena na negociação com os alemães. “A atitude dos parentes de buscar suas artes que estão em outros países é um sinal do protagonismo e da autonomia dos povos indígenas. E a Funai apoia essa autonomia”, pontuou.

O apoio da Funai à devolução das obras, bem como nos casos de repatriação de patrimônios indígenas, vai ao encontro dos princípios que norteiam a atuação da autarquia, entre eles o reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas.

Acervo indígena com mais de 500 peças retido na França chega ao Brasil depois de 20 anos.

(*) Com informações do Governo Federal

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