Rio Negro estabiliza em Manaus e fica nos 12,11 metros

MANAUS (AM) – Nesta quinta-feira, 10, o Rio Negro registrou estabilidade, com a cota mínima de 12,11 metros, a mesma registrada na quarta-feira, 9, de acordo com a medição feita pelo Porto de Manaus. Em 2023, o nível do rio chegou a atingir a marca de 13,59 metros na capital amazonense. Os rios Solimões, Juruá, Purus, Amazonas e Madeira também apresentam níveis críticos de vazante neste ano.

A seca de 2024 já afetou mais de 800 mil pessoas no Amazonas, com os 62 municípios do Estado sendo colocados em situação de emergência. Em 5 de julho, o governo estadual decretou situação de emergência em 20 cidades, ampliando o decreto para mais 42 cidades em 28 de agosto. No Alto Solimões, o nível do rio estava 60 centímetros abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, e o Rio Negro, 4 metros abaixo, já indicando uma mudança.

Impactos

A estiagem sem precedentes tem gerado impactos no valor dos alimentos e na conta de energia elétrica. Especialistas afirmam que a estiagem, que afeta não só a região Norte, impacta diretamente a produção agrícola e o abastecimento elétrico, especialmente em áreas dependentes de hidrelétricas. A forte estiagem e a dificuldade de navegação pelos rios amazônicos podem inviabilizar a chegada de insumos que abastecem o Polo Industrial de Manaus.

Com o objetivo de minimizar os impactos da seca na indústria, um Píer Flutuante Provisório do Grupo Chibatão foi projetado em Itacoatiara (AM), município localizado a 176 quilômetros de Manaus, para garantir que o fluxo de mercadorias seja mantido durante o período.

No que diz respeito à geração de energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, em setembro, a bandeira tarifária vermelha – a mais cara das três modalidades – foi acionada. A medida foi tomada devido ao comprometimento da geração hidrelétrica, causado pelo baixo volume de água nos reservatórios.

Auxílio

O Governo do Amazonas tem prestado assistência humanitária aos municípios afetados pela seca, distribuindo cerca de 2,2 mil toneladas de alimentos. Para atender as famílias afetadas, foram instalados 36 purificadores de água, sendo 8 direcionados para a calha do Alto Solimões, além do envio de 850 caixas d’água para melhorar o acesso à água potável.

As autoridades estaduais também enviaram 226 cilindros de oxigênio para os municípios de Eirunepé, Canutama, Caapiranga, Ipixuna, Boca do Acre e Itamarati, além da instalação de uma usina de oxigênio em Envira. Também foram distribuídos medicamentos e insumos para diversos municípios, totalizando 10,4 mil volumes.

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Editado por Jadson Lima