Roberto Cidade desabafa sobre ‘língua presa’ e capacitismo de adversários
Por: Jadson Lima
26 de setembro de 2024
O candidato Roberto Cidade
MANAUS (AM) – O candidato à Prefeitura de Manaus Roberto Cidade (União Brasil) falou, pela primeira vez, sobre os ataques pessoais que vêm sofrendo por ter a “língua presa” e mostrou o capacitismo praticado por adversários políticos na disputa eleitoral. A declaração ocorreu nesta quinta-feira, 26, durante o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão.
Cidade afirmou que pelo menos três candidatos opositores usaram “um defeito físico” para tentar lhe “humilhar e constranger como candidato e como ser humano”. O candidato relembrou que um dos casos ocorreu durante o debate da TV Norte Amazonas e “partiu de um candidato que diz defender a causa dos autistas”. Na época, Amom Mandel (Cidadania) o corrigiu após ele falar incorretamente a palavra “problema”.
Os candidatos Alberto Neto (PL) e David Almeida (Avante) também trataram o caso como piada e tentativa de ridicularização em declarações públicas. “Eu convivo com isso desde criança. E é claro que isso me incomoda muito. Não quero e nem espero que alguém tenha pena de mim. Tenho todas as condições de me defender e de seguir em frente”, desabafou o candidato.
A Anquiloglossia é uma anomalia congênita que limita a movimentação da língua, onde o frênulo lingual, que liga a língua à região inferior da boca, é mais curto ou espesso que o normal causando problemas na fala e no desenvolvimento da linguagem. Popularmente essa condição é conhecida como “língua presa”.
Assista ao vídeo:
Reincidência
Não é a primeira vez que o candidato Amom Mandel tem comportamento capacitista com Roberto Cidade. No primeiro debate dos candidatos a prefeito de Manaus, em 8 de agosto, Amom fez uso de um termo associado ao capacitismo, “se fazendo de doido”, para atacá-lo. “Doido” é uma expressão que perpetua preconceitos e estereótipos sobre a saúde mental e contribui com a exclusão, apontam especialistas.
Termos capacitistas são palavras e expressões naturalizadas na fala e usadas no dia a dia, que normalmente tem o objetivo de atacar, criticar, inferiorizar ou ridicularizar alguém. Esses termos banalizam as deficiências das pessoas e criam uma conotação negativa em torno de palavras que definem doenças humanas.
Amom Mandel usou o termo “doido” ao questionar Roberto Cidade sobre recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Mais uma vez se fazendo de doido“, disse, no debate realizado na TV Band Amazonas, ao afirmar que o adversário não havia respondido o que ele questionou.
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