Rogério Caboclo é suspenso da presidência da CBF até 2023 por assédio sexual

Rogério Caboclo é acusado de ter cometido assédio moral e sexual contra uma funcionária da CBF. (Divulgação)

Com informações da CNN

Em assembleia realizada nesta quarta-feira, 29, os presidentes das federações estaduais decidiram, por unanimidade, afastar Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até março de 2023 pelas acusações de assédio sexual e moral.

Ednaldo Rodrigues segue interinamente até o fim da suspensão, que acaba um mês antes do mandato de Caboclo.

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A CBF marcou a assembleia-geral extraordinária para analisar a última decisão da Comissão de Ética sobre o afastamento de Rogério Caboclo pelo prazo de 21 meses, após investigações de denúncias de assédio moral e sexual por parte do presidente afastado.

O dirigente é acusado de ter cometido assédio moral e sexual contra uma funcionária que trabalhava há mais de nove anos na entidade. As investigações usaram como base gravações feitas pela vítima, além de relatos de episódios em que ela teria sido assediada. Os advogados protocolaram a denúncia no início do mês de junho, dois dias depois ele foi afastado.

Além dessa funcionária, Caboclo foi denunciado por outras três pessoas dentro da CBF, sendo duas mulheres e um homem. Todas as vítimas acusam caboclo de assédio. Desde então, Rogério Caboclo foi afastado do cargo e teve o prazo prolongado para que as investigações fossem concluídas.

Após a reunião desta quarta-feira, Rogério Caboclo divulgou uma nota onde afirma que considera a decisão mais um capítulo do “maior e único golpe efetivo deflagrado contra um presidente de entidade esportiva em atividade no Brasil”.

De acordo com o dirigente, muitos presidentes de federações estavam compromissados a votar a favor dele, entretanto, “a coação que resultou em assinaturas de uma lista pedindo a renúncia do presidente legitimamente eleito, na última reunião de presidentes, prevaleceu”.

Confira a nota na íntegra:

O presidente da CBF, Rogério Caboclo, considera que a decisão da Assembleia é mais um capítulo do maior e único golpe efetivo deflagrado contra um presidente de entidade esportiva em atividade no Brasil.

Quem acompanhou a votação, viu que estava evidente o constrangimento de vários dos presidentes de federações estaduais durante a votação.

Muitos deles estavam compromissados com o voto a favor de Caboclo. Mas a coação que resultou em assinaturas de uma lista pedindo a renúncia do presidente legitimamente eleito, na última reunião de presidentes, prevaleceu.

O sistema de votação adotado na Assembleia foi o de permanecer sentado quem estivesse de acordo com a deliberação da comissão de ética. E deveria se levantar quem estivesse contra. Isso criou desconforto ainda maior entre presidentes que tinham ideia de rejeitar o viciado procedimento ético contra Caboclo.

Rogério Caboclo lutará até o fim e utilizará todos os recursos jurídicos cabíveis até a solução definitiva do caso.

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