Saiba como votaram os deputados da Amazônia Legal sobre taxar grandes fortunas


Por: Jadson Lima

31 de outubro de 2024
O plenário da Câmara dos Deputados (Divulgação)
O plenário da Câmara dos Deputados (Divulgação)

MANAUS (AM) – A Câmara dos Deputados concluiu, nessa quarta-feira, 30, a votação que trata da regulamentação da reforma tributária no Brasil. Durante as discussões do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/24, uma emenda que criava o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) a partir de R$ 10 milhões, apresentada pelo Psol, foi rejeitada por 262 votos a 136.

A maioria dos parlamentares do Amazonas votaram pela rejeição da medida que havia sido incluída no PL do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CG-IBS). A alíquota proposta seria progressiva, de 1% a 3% nos primeiros cinco anos de vigência e de 0,5% a 1,5% após esse período, conforme o valor do patrimônio. Cinco dos oito deputados amazonenses votaram “NÃO” à proposta, de acordo com o painel de votação da Casa Legislativa.

São eles: Adail Filho (Republicanos); Alberto Neto (PL); Sidney Leite (PSD); Silas Câmara (Republicanos); e Pauderney Avelino (União Brasil). Já os deputados Átila Lins (PSD) e Saullo Vianna (União Brasil) não participaram da votação, porque estavam ausentes. Amom Mandel (Cidadania) votou a favor da medida.

Do Pará, dez deputados se posicionaram contra a taxação, enquanto quatro defenderam a medida e dois estavam ausentes na votação. Entre os que se votaram contra a medida, destaque para Éder Mauro (PL), candidato à Prefeitura de Belém derrotado nas eleições de 2024. Além dele, a rejeição da proposta contou com o apoio de Antônio Doido (MDB); Delegado Caveira (PL); Henderson Pinto (MDB); Joaquim Passarinho (PL); José Priante (MDB); Júnior Ferrari (PSD); Keniston Braga (MDB); Raimundo Santos (PSD); e Olival Marques (MDB).

Já os parlamentares do Estado que defenderam a medida são: Airton Faleiro (PT); Dilvanda Fato (PT); Dra. Alessandra H (MDB); e Elcione Barbalho (MDB). Outros três deputados estavam ausentes: Andreia Siqueira (MDB); Hélio Leite (União Brasil); e Renilce Nicodemos (MDB).

Veja como votaram os parlamentares de todos os Estados da Amazônia Legal:

Acre
  • Antônia Lúcia (Republicanos) NÃO;
  • Coronel Ulysses (União Brasil) NÃO;
  • Eduardo Velloso (União Brasil) NÃO;
  • Gerlen Diniz (PP) SIM;
  • Roberto Duarte (Republicanos) NÃO;
  • Socorro Neri (PP) SIM.
Amapá
  • Augusto Puppio (MDB) NÃO;
  • Dorinaldo Malafaia (PDT) SIM;
  • Josenildo (PDT) SIM;
  • Professora Goreth (PDT) SIM;
  • Silvia Waiãpi (PL) NÃO;
  • Sonize Barbosa (PL) NÃO;
  • Vinicius Gurgel (PL) NÃO.
Amazonas
  • Adail Filho (Republicanos) – NÃO;
  • Amom Mandel (Cidadania) – SIM;
  • Átila Lins (PSD) – AUSENTE;
  • Alberto Neto (PL) – NÃO;
  • Saullo Vianna (União Brasil) – AUSENTE;
  • Sidney Leite (PSD) – NÃO;
  • Silas Câmara (Republicanos) – NÃO;
  • Pauderney Avelino (União Brasil) – NÃO.
Mato Grosso
  • Abilio Brunini (PL) NÃO;
  • Coronel Assis (União Brasil) NÃO;
  • Coronel Fernanda (PL) NÃO;
  • Emanuel Pinheiro Neto (MDB) NÃO;
  • Gisela Simona União Brasil SIM;
  • José Medeiros (PL) NÃO;
  • Juarez Costa (MDB) NÃO;
  • Nelson Barbudo (PL) NÃO.
Pará
  • Airton Faleiro (PT) – SIM;
  • Andreia Siqueira (MDB) – AUSENTE;
  • Antônio Doido (MDB) – NÃO;
  • Éder Mauro (PL) – NÃO;
  • Delegado Caveira (PL) – NÃO;
  • Dilvanda Fato (PT) – SIM;
  • Dra. Alessandra H (MDB) – SIM;
  • Elcione Barbalho (MDB) – SIM;
  • Hélio Leite (União Brasil) – AUSENTE;
  • Henderson Pinto (MDB) – NÃO;
  • Joaquim Passarinho (PL) – NÃO;
  • José Priante (MDB) – NÃO;
  • Júnior Ferrari (PSD) – NÃO;
  • Keniston Braga (MDB) – NÃO;
  • Raimundo Santos (PSD) – NÃO;
  • Renilce Nicodemos (MDB) – AUSENTE;
  • Olival Marques (MDB) – NÃO
Rondônia
  • Coronel Chrisóstomo (PL) NÃO;
  • Cristiane Lopes (União Brasil) NÃO
  • Lebrão (União Brasil) NÃO
  • Lucio Mosquini (MDB) NÃO
  • Silvia Cristina (PP) NÃO
  • Thiago Flores (Republicanos) NÃO
Roraima
  • Albuquerque (Republicanos) NÃO;
  • Defensor Stélio Dener (Republicanos) NÃO;
  • Gabriel Mota (Republicanos) NÃO;
  • Helena Lima (MDB) SIM;
  • Nicoletti (União Brasil) NÃO;
  • Pastor Diniz (União Brasil) NÃO;
  • Zé Haroldo Cathedral (PSD) NÃO.
Tocantins
  • Antonio Andrade (Republicanos) NÃO;
  • Carlos Henrique Gaguim (União Brasil) NÃO;
  • Filipe Martins (PL) NÃO;
  • Lázaro Botelho (PP) NÃO;
  • Ricardo Ayres (Republicanos) SIM;
  • Vicentinho Júnior (PP) NÃO.
Maranhão
  • Allan Garcês (PP) NÃO;
  • Amanda Gentil (PP) NÃO;
  • Cleber Verde (MDB) NÃO;
  • Dr. Benjamim (União Brasil) NÃO;
  • Duarte Jr. (PSB) NÃO;
  • Josivaldo JP (PSD) NÃO;
  • Márcio Honaiser (PDT) NÃO;
  • Márcio Jerry (PCdoB) NÃO;
  • Pastor Gil (PL) NÃO;
  • Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) NÃO;
  • Rubens Pereira Júnior (PT) SIM.
Comitê Gestor

Segundo o texto aprovado, o Comitê Gestor do IBS (CG-IBS) reunirá representantes de todos os entes federados para coordenar a arrecadação, a fiscalização, a cobrança e a distribuição desse imposto aos entes federados, elaborar a metodologia e o cálculo da alíquota; entre outras atribuições.

O CG-IBS será uma entidade pública sob regime especial, dotada de independência orçamentária, técnica e financeira, sem vinculação a nenhum outro órgão público.

Embora a coordenação fique a cargo do comitê gestor, as atividades efetivas de fiscalização, lançamento, cobrança e inscrição em dívida ativa do IBS continuarão a ser realizadas pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.

Conselho Superior

A instância máxima de decisões do CG-IBS será o Conselho Superior, a ser criado 120 dias após a sanção da lei complementar com 54 membros remunerados e respectivos suplentes (27 indicados pelos governos dos estados e do Distrito Federal e outros 27 eleitos para representar os municípios e o DF).

Com sede em Brasília, o Conselho Superior vai tomar decisões por maioria absoluta dos representantes dos entes. No caso dos estados e do DF, além da maioria absoluta será necessário o voto de conselheiros que, somados, representem mais de 50% da população do País.

Leia mais: Comissão do Senado inclui ZFM em debate sobre Reforma Tributária
(*) Com informações da Agência Câmara

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