Saiba o que está por trás do dinheiro jogado à população em Coari
Por: Adrisa De Góes
02 de outubro de 2024
"Zé Real" publicou vídeo explicando o motivo que jogou dinheiro em praça pública (Composição de Weslley Santos/CENARIUM)
MANAUS (AM) – O repórter José Raimundo, mais conhecido como “Zé Real”, e o advogado Raione Cabral foram os responsáveis por jogar dinheiro para a população em uma praça pública de Coari (distante 363 quilômetros de Manaus) nesta quarta-feira, 2. Em um vídeo publicado nas redes sociais horas antes do ato, ambos explicaram os motivos que os levaram à ação, que resultou na prisão de Cabral pela Polícia Federal (PF).
De acordo com Zé Real, como estratégia, ele se infiltrou na campanha do candidato ao Executivo municipal Adail Pinheiro (Republicanos) e fingiu apoiá-lo nestas eleições. Em troca, afirma ter recebido uma grande quantia em dinheiro do político, que foi posteriormente distribuído aos moradores do município. “Nós vamos jogar pra vocês o dinheiro, o dinheiro é do povo de Coari“, avisou momentos antes de executar o plano.
Ainda no vídeo, Raione Cabral, candidato à prefeitura que desistiu do pleito há cerca de duas semanas, afirmou que Adail Pinheiro tentou “comprar a dignidade de Zé Real”. “Esse dinheiro nós vamos jogar pro povo de Coari […] É o dinheiro que foi roubado das pessoas“, declarou.
Horas após a publicação, a dupla se dirigiu até a Praça Getúlio Vargas, na região central de Coari, e despejou o dinheiro para um grupo de pessoas. Momentos depois, agentes da PF prenderam Cabral em flagrante, que ainda consta como candidato no sistema da Justiça Eleitoral.
“A Polícia Federal, durante a Operação Eleições 2024, prendeu na manhã desta quarta-feira (2/10), um candidato a prefeito do município de Coari/AM. O homem foi detido em flagrante o momento em que jogava dinheiro para população durante comício eleitoral. Diante dos fatos, o indivíduo foi encaminhado para prestar depoimento à equipe policial e poderá responder por crimes eleitorais”, informou a PF em nota.
Segundo a Legislação Eleitoral, é crime “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer a abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”.
A CENARIUM solicitou um posicionamento da assessoria de Adail Pinheiro quanto às acusações de Zé Real. Não houve resposta até publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
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