Se condenados, investigados em operação da PF no AM podem cumprir 30 anos de prisão

Agentes federais compareceram em diversos endereços cumprindo mandados de busca e apreensão de documentos (Reprodução/ PF)

Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Polícia Federal do Amazonas cumpre nesta quinta-feira, 8, 14 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), dos quais nove são de busca e apreensão e cinco de prisão temporária para apurar possíveis irregularidades em contratos na área da Saúde firmados pelo Governo do Estado durante a pandemia de Covid-19.

De acordo com a polícia, os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 anos de reclusão.

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Na primeira fase da operação, segundo a PF, verificou-se que uma empresa comercializadora de vinhos, utilizando-se de empréstimo de dinheiro, adquiriu de uma empresa local os respiradores pulmonares. Em seguida, revendeu-os ao Estado do Amazonas com preço superfaturado.

Já o dinheiro recebido pelo Governo do Amazonas teria sido remetido ao exterior, para uma empresa aparentemente de fachada.

Ao todo, 28 ventiladores pulmonares para tratar de infectados pelo novo Coronavírus foram comprados pelo valor de R$ 2,9 milhões. As apurações verificaram que a aquisição foi a valores muito superiores aos de mercado, apontando para superfaturamento e direcionamento à empresa contratada.

Nesta manhã, a assessoria de imprensa do Governo do Estado informou que “está contribuindo com a apuração dos fatos e que a ação de busca e apreensão envolve, em grande parte, pessoas que já não fazem mais parte da estrutura do Governo”.

Entre os alvos da ação, estão o vice-governador Carlos Almeida (PTB), a ex-secretária de Comunicação, Daniela Assayag, os ex-secretários de Saúde, Rodrigo Tobias e Daiana Mejia também são alvos.

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