Com informações do O Globo
RIO DE JANEIRO – Pesquisa Datafolha, encomendada pela Fundação Lemann e Instituto Natura, aponta que quase metade (43%) das famílias entrevistadas afirmam que seus filhos aumentaram o tempo de uso de TV, enquanto um terço (37%) jogou mais videogame do que costumava.
Já o tempo diário caiu, nas aulas remotas, para 2h53, em média. Antes da crise sanitária, as escolas funcionavam com no mínimo cinco horas de classes por dia.
“Com isso, a gente perde qualidade de experiências educativas. Não é que a TV e o videogame sejam por si só ruins. Mas só os dois empobrecem muito a formação que essas crianças estão tendo. Eles não oferecem o que o professor, a troca com os amigos e o planejamento pedagógico oferecem”, afirma Daniela Caldeirinha, diretora de projetos da Fundação Lemann.
A pesquisa foi realizada com pais e responsáveis de alunos do ensino fundamental I e II, do Médio, de zonas urbanas e rurais apenas de escolas públicas, municipais e estaduais. Foram ouvidos 1315 responsáveis, representando 2151 crianças e adolescentes entre 4 e 18 anos matriculados na rede pública ou fora da escola.
O fechamento das escolas também afetou diretamente a saúde mental e o comportamento das crianças. De acordo com o estudo, a maioria das crianças e adolescentes ganhou peso durante a pandemia; 44% ficaram mais tristes; 38% ficaram com mais medo; 34% perderam o interesse pela escola.
“É possível notar que as meninas sofreram mais com a pandemia: ganharam mais peso, dormem mais, ficaram mais tristes, mais quietas, mais nervosas e com mais medo que os meninos. O único quesito que os meninos superam as meninas é na perda de interesse pela escola”, diz o estudo.
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