Segundo Opas, transmissão da Covid-19 está longe de ser controlada nas Américas

Na Colômbia, espera-se aumentos ainda mais acentuados nos casos de Covid-19 após uma semana de protestos (Gabriel Abreu/ Revista Cenarium)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – Quase 40% de todas as mortes por Covid-19 no mundo registradas na semana passada aconteceram nas Américas, e quase 80% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da região estão ocupadas com pacientes com o novo coronavírus, afirmou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira, 12.

“Este é um sinal claro de que a transmissão está longe de ser controlada em nossa região, mesmo quando países como os Estados Unidos e o Brasil estão relatando reduções de casos”, disse a diretora da Opas, Carissa Etienne, em entrevista coletiva online.

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A organização destacou que o número de casos está caindo no Brasil, mas as infecções estão aumentando nas áreas da Guiana e da Bolívia que fazem fronteira com o País.

Na coletiva, o gerente de incidentes da Opas, Sylvain Aldighieri, disse que a variante do coronavírus B.1.617, descoberta originalmente na Índia, foi detectada em seis países das Américas e que a organização está preocupada que seja altamente transmissível.

Na segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante que emergiu na Índia como uma “preocupação global”.

Na Colômbia, espera-se aumentos ainda mais acentuados nos casos de Covid-19 após uma semana de protestos. Cuba continua gerando a maioria das novas infecções no Caribe, informou a Opas, enquanto o Canadá está registrando taxas mais altas de infecções no leste e em todo o território do norte, onde vive uma população predominantemente indígena.

Vacinação contra a Covid-19

Mais de 140 milhões de pessoas foram totalmente vacinadas contra a Covid-19 nas Américas, disse Etienne. Segundo a Opas, a recente aprovação pela OMS da vacina chinesa Sinopharm oferecerá uma nova esperança de expandir o acesso a imunizantes contra a doença nos países latino-americanos.

“Mas até que tenhamos vacinas suficientes para proteger a todos, nossos sistemas de saúde e os pacientes que dependem deles continuam em perigo”, advertiu Etienne.

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