Sem apresentar provas, Amom diz que denunciou SSP-AM a superintendente da PF


12 de agosto de 2024
Sem apresentar provas, Amom diz que denunciou SSP-AM a superintendente da PF
O superintendente da PF no Amazonas, Umberto Ramos, e o candidato a prefeito de Manaus Amom Mandel (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)
Jadson Lima – Cenarium

MANAUS (AM) – O deputado federal e candidato à Prefeitura de Manaus Amom Mandel (Cidadania/AM) afirmou, sem apresentar provas, que entregou diretamente ao superintendente regional da Polícia Federal no Amazonas (PF/AM), Umberto Ramos, um dossiê contendo denúncias contra a cúpula da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM), em dezembro do ano passado. Procurado pela CENARIUM, Umberto Ramos não respondeu se recebeu o documento de Amom.

No sábado, 10, a CENARIUM publicou o Ofício da PF/AM 611, datado de 1° de abril, que nega o protocolo da denúncia contra a SSP/AM apontada pelo deputado. No dia 6 de janeiro, Amom publicou um vídeo nas suas redes sociais para dizer que “estava sendo perseguido” ao ser ser abordado por policiais militares em uma operação rotineira na Zona Leste de Manaus. Na ocasião, o deputado deu voz de prisão ao policial.

Nota de Amom Mandel de 10 de agosto, informando a entrega de “dossiê” ao superintendente da PF/AM, Umberto Ramos.

Vídeo de Amom Mandel em 6 de janeiro de 2024, alegando que estava sendo perseguido em uma abordagem policial em Manaus:

Ofício da Polícia Federal, de 1º de abril de 2024, que nega ter recebido a denúncia de Amom Mandel contra a SSP/AM:

Abordagem policial

Na noite de 4 de janeiro, Amom Mandel foi abordado em uma blitz de policiais das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), durante na “Operação Impacto”. A operação era conduzida pela SSP-AM para combater o tráfico de drogas e crime organizado em Manaus e abordava carros sob suspeita. Segundo policiais, Amom Mandel conduzia o carro dele com luzes apagadas.

A Operação Impacto tem como base estudos realizados semanalmente pela SSP-AM, por meio do Centro Integrado de Estatística de Segurança Pública (Ciesp), responsável pela consolidação de dados de indicadores criminais de todo o estado. Embora itinerantes, as ações objetivam contemplar todas as zonas e bairros da capital amazonense“, diz trecho da nota da SSP-AM sobre a operação.

Na época, o secretário da SSP-AM, coronel Marcus Vinícius Almeida, afirmou que Amom foi abordado porque o veículo em que o parlamentar estava trafegava com as luzes desligadas e trocando de faixa constantemente na avenida Autaz Mirim, na Zona Leste da capital amazonense. Coronel Vinicius disse, ainda, que a abordagem não tinha qualquer relação com a suposta denúncia à PF.

Titular da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM), Marcus Vinícius (Adrisa De Góes/CENARIUM)

Durante a abordagem, Amom se exaltou com os militares e chegou a dar voz de prisão à equipe empregada na ocorrência. Na noite daquela quinta-feira, 4, Mandel ligou para o secretário da SSP-AM, que participava do lançamento da operação em um outro ponto da Zona Leste de Manaus e recebia a imprensa para dar detalhes sobre as ações.

“Eu recebi uma ligação do deputado federal Amom, por volta de 22h, informando que tinha acabado de prender em flagrante uma guarnição da Rocam e me pedindo apoio para que eu visse o que poderia ser feito para que essa guarnição, efetivamente, fosse conduzida e flagranteada”, disse o secretário na época.

Leia mais: PF nega ter recebido denúncia de Amom Mandel contra cúpula da SSP-AM

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