Sem conseguir falar, mulher agredida com mais de 60 socos pelo namorado depõe por escrito


Por: Cenarium*

29 de julho de 2025
Sem conseguir falar, mulher agredida com mais de 60 socos pelo namorado depõe por escrito
A promotora de vendas Juliana Garcia foi agredida com mais de 60 socos pelo ex-namorado (Reprodução/tvpontanegrarn)

MANAUS (AM) – A promotora de vendas Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, que foi agredida com mais de 60 socos pelo ex-namorado identificado como Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, precisou prestar depoimento por escrito devido às fraturas na face e na mandíbula em decorrência das agressões. Igor foi preso em flagrante e vai responder por tentativa de feminicídio.

As agressões aconteceram dentro do elevador de um condomínio no bairro de Ponta Negra, Zona Sul de Natal (RN). O ataque foi registrado por uma câmera de segurança. O vídeo mostra o momento em que o ex-jogador de basquete desfere um primeiro soco na vítima, que estava encostada no elevador. A vítima cai ao chão, e o agressor inicia uma sequência de socos. De acordo com a Polícia Civil do Estado, o homem desferiu mais de 60 socos.

O vídeo mostra que são ao menos 35 segundos do ex-namorado desferindo socos na vítima sem parar. Após o ataque, a vítima levanta com o rosto ensanguentado, a porta do elevador abre e ela sai cambaleando. O agressor ajeita o chinelo no pé e sai na sequência.

À Folha de S. Paulo, a promotora de vendas relatou que as discussões foram iniciadas por conta de ciúme. Ela também disse que ele já havia apresentado comportamentos agressivos anteriormente. O relacionamento durava dois anos, entre “muitas idas e vindas”.

Ele não gostou. Jogou meu celular na piscina porque queria mostrar a um amigo que estava conosco. Eu saí de perto para evitar o conflito. Ele foi para o meu bloco, subiu para pegar as coisas dele e eu subi pelo outro elevador para encontrar com ele lá. Quando subimos, eu o notei agressivo”, relatou a vítima através de mensagem de texto, devido à dicção comprometida pelas lesões.

Eu não quis sair do elevador porque achei que ele fosse me agredir e, no corredor, não tem câmeras. Ele queria me convencer a sair de lá. Foi aí que ele disse que eu ia morrer e começou a me bater sem parar“, complementou.

De acordo com o laudo médico do Hospital Walfredo Gurgel, onde a vítima foi atendida, consta que Juliana apresentou fraturas na face e na mandíbula. De acordo com ela, precisará passar por cirurgia.

O caso está sendo apurado pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) da Zona Leste, Oeste e Sul da Polícia Civil do Estado. Segundo a polícia, as investigações seguem, e testemunhas estão sendo ouvidas, além de estarem sendo reunidos elementos técnicos para embasar a investigação.

(*) Com informações da Folha de S. Paulo

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