Senacon processa Claro por uso do ‘5G’ em propaganda considerada enganosa

Objetivo do processo é, entre outras coisas, verificar se as informações passadas aos clientes são esclarecedoras (Arquivo)

Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA – Mais uma operadora de telefonia é processada ao usar o termo “5G” em campanha publicitária, antes mesmo de o leilão da nova tecnologia ser realizado no Brasil. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaurou, nesta segunda-feira, um processo administrativo contra a Claro por indícios de propaganda enganosa.

Vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Senacon vai apurar se a campanha publicitária veiculada pela operadora, que fala sobre a implementação dos modais tecnológicos “5G”, pode ou não induzir em erro o consumidor.

PUBLICIDADE

O objetivo do processo é, entre outras coisas, verificar se as informações passadas aos clientes são esclarecedoras.

Segundo uma fonte, o órgão não pretende proibir que a empresa anunciante dê notícia ao público que está numa fase avançada de desenvolvimento de um determinado produto, o qual ainda não está pronto a ser lançado no mercado para aquisição imediata, mas que virá a suceder em breve. Porém, é preciso evitar que se tire proveito da falta de conhecimento e experiência do usuário.

A Claro será intimada para apresentar defesa em um prazo de dez dias. Caso condenada, poderá sofrer punições, como a aplicação de multa de até R$ 11 milhões.

Pela legislação em vigor, as companhias telefônicas não podem transferir ao consumidor o ônus de pesquisar, comparar e diferenciar as funcionalidades técnicas de cada uma das tecnologias de rede implementadas ou a serem implementadas.

Em seu artigo 6º, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que é direito básico do cliente obter informações “adequadas, claras e inequívocas” sobre os diferentes produtos e serviços. Com isso, é assegurado o exercício do direito de escolha.

No início deste mês, a Senacon abriu processo sobre a TIM pela mesma razão. A secretaria também abriu averiguação preliminar contra outras duas grandes operadoras, a Oi e a Vivo.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.