Senado americano aprova pacote de ajuda de US$ 1,9 trilhão de Biden

Projeto de lei ainda terá de passar por uma nova votação na Câmara dos Deputados antes de ser enviado para a sanção do presidente (Reprodução/ Internet)

Com informações Valor Econômico

EUA – O Senado dos EUA aprovou, neste sábado (6), o pacote de ajuda de US$ 1,9 trilhão do presidente Joe Biden. Trata-se do segundo maior pacote de ajuda financeira da história dos EUA e o terceiro aprovado pelo Congresso desde o início da pandemia há um ano.

Nenhum senador da oposição republicana votou junto com os democratas. O pacote foi aprovado por 50 a 49, com a ausência de um senador republicano.

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O projeto de lei ainda terá de passar por uma nova votação na Câmara dos Deputados antes de ser enviado para a sanção do presidente por causa das mudanças sofridas no Senado. Mas a expectativa dos democratas é de que Biden possa promulgar o pacote antes do próximo dia 14, quando expiram benefícios incluídos no segundo pacote da covid-19, de US$ 900 bilhões, de dezembro.

O texto do pacote limitou o alcance de alguns benefícios em relação ao projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados no fim de semana passado. As mudanças exigiram uma maratona de negociações e votações de inúmeras emendas, numa sessão que começou na manhã de sexta-feira e se estendeu, sem intervalo, até o início da tarde deste sábado, com a votação final do texto.

O pacote agora volta para a Câmara, que deve aprovar o texto revisado pelo Senado antes de enviá-la à Casa Branca para a assinatura de Biden. A expectativa é que a Câmara vote o novo texto no início da próxima semana.

O texto aprovado pelo Senado prevê um benefício extra de US$ 300 semanais ao seguro-desemprego até 6 de setembro, o envio de cheques no valor de US$ 1.400 a indivíduos e famílias de renda mais baixa, US$ 350 bilhões em ajuda as governos estaduais e locais e financiamento para a distribuição de vacinas, entre outras medidas de ajuda para americanos e empresas em dificuldade em virtude da crise provocada pela pandemia de covid-19.

A demora na votação ocorreu por causa da oposição do senador democrata Joe Manchin, que se recusou a apoiar uma proposta de outros membros do partido para estender os benefícios federais de seguro-desemprego até 4 de outubro. Um acordo dos líderes democratas com Manchin só foi alcançado perto da meia-noite da última sexta-feira.

As mudanças sofridas no pacote aprovado pela Câmara evidenciaram o empoderamento dos democratas de centro em um Senado dividido em 50 democratas e 50 republicanos, onde uma única deserção democrata teria afundado o projeto de lei.

As alterações no pacote não agradaram os democratas da ala mais à esquerda do partido na Câmara, mas o grupo indicou que esperaria para ver qual seria o texto final antes de manifestar o seu apoio Mas, ao mesmo tempo, os democratas de esquerda também têm destacado a necessidade do pacote de ajuda neste momento de crise econômica em virtude da pandemia. Além disso, eles estarão sob forte pressão da liderança do partido para não atrapalhar o primeiro impulso legislativo da Presidência de Biden.

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