Com informações do Infoglobo
BRASÍLIA — Com três senadores no páreo, a disputa pela próxima vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) está indefinida e deve ser levada nesta terça-feira a plenário para ser resolvida voto a voto. De acordo com pessoas próximas aos postulantes — os senadores Kátia Abreu (PP-TO), Antonio Anastasia (PSD-MG) e Fernando Bezerra (MDB-PE) —, eles estão dispostos a manter suas candidaturas. O escolhido assumirá o gabinete em que estão processos de interesse do governo. Entre eles o que trata do julgamento dos gastos milionários com cartão corporativo do presidente da República e seus familiares.
A expectativa é que os candidatos ao cargo sejam inicialmente sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), pela manhã. Mesmo que algum seja reprovado, porém, todos terão seus nomes encaminhados à votação. A única chance de mudança ocorre em caso de desistência, o que pode acontecer até a deliberação.
Partido de Bezerra, o MDB, que detém a maior bancada da Casa, está dividido entre apoiar o correligionário ou Kátia Abreu. Além de parte dos emedebistas, Kátia conta com a simpatia do PT e do PP. Já Antonio Anastasia tem promessa de voto de membros da segunda e terceira maiores bancadas da Casa, respectivamente, o PSD e o Podemos.
Processos que o novo ministro vai herdar
Cartão corporativo
No início do mês, o ministro Raimundo Carreiro adiou julgamento de auditoria sobre os gastos com cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro e de seus familiares. O adiamento ocorreu depois que o deputado Elias Vaz (PSB-GO) questionou a parcialidade do ministro para julgar o caso, já que fora indicado para ser embaixador pelo presidente. A auditoria foi feita pela equipe técnica do TCU e analisou os gastos, ao longo de 2019, de mais de R$ 14,8 milhões. O processo tramita em sigilo no tribunal.
Despesas com motociatas
Carreiro tinha em seu gabinete pedidos de apuração sobre gastos com motociatas das quais o presidente participou. Em um dos casos, o ministro já teria se manifestado contrário ao prosseguimento da apuração, baseado em entendimento de auditores do TCU de que não tinha sido possível detectar irregulares. O gasto estimado da Presidência nas motociatas foi de R$ 1 milhão.
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