Shopping nega imagens após assalto, diz PM: ‘Não pude ter acesso’
Por: Lucas Thiago
13 de junho de 2025
MANAUS (AM) – O tenente da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) Irapuan Santos de Figueiredo afirmou, nesta sexta-feira, 13, que o Amazonas Shopping negou imagens do circuito interno de câmeras de segurança aos militares que foram acionados para atender uma ocorrência nas dependências do estabelecimento comercial, localizado na Avenida Djalma Batista, bairro Chapada, Zona Centro-Sul de Manaus. A declaração do militar foi dada à imprensa após o assalto à joalheria Di Donna, por volta das 15h.
Durante o pronunciamento, o militar explicou como o assalto ocorreu, após falar com funcionários e a proprietária da joalheria que estavam no local no momento da ocorrência. Ele disse, ainda, que as imagens poderiam ter contribuído para identificar, de forma rápida, os suspeitos. “Não pude ter acesso. Se tivesse os vídeos, nossas equipes ostensivas nas ruas poderiam ter identificado de forma rápida os criminosos”, declarou Irapuan ao ser questionado pela CENARIUM.
Segundo o tenente da PM-AM, as informações foram colhidas com a proprietária e funcionárias da loja. O relato foi de que três homens armados que invadiram a joalheria e renderam as duas vendedoras. A autoridade disse que, até o momento em que falou com a imprensa, não havia sido informado o valor dos objetos levados pelos suspeitos. Irapuan disse, ainda, que não houve disparo de arma de fogo no local, apenas a quebra de quatro vitrines para ter acesso às joias.
Conforme o militar, os três suspeitos são magros e vestiam camisas de manga curta e bonés. Os homens, de acordo com o tenente, citando os relatos das pessoas que estavam no local, fugiram pela saída da loja Marisa, que dá acesso à avenida Darcy Vargas. Eles teriam usado uma motocicleta e um carro no momento da fuga do local.
Mulher presenciou ato
Uma jovem, que não quis ser identificada, presenciou parte do assalto à joalheria. Ela conversou com a CENARIUM e relatou que houve pânico e correria entre as pessoas que estavam dentro do estabelecimento quando barulhos foram ouvidos.
“Eu ia passando na frente. Foi aquela gritaria, as funcionárias gritando, aquele barulho e eu me joguei no chão. Quando eu levantei a cabeça, só o povo gritando assalto, e aí vi só eles correndo na minha frente. Nesse momento todo mundo abaixando as portas das lojas, aquele choro, aquela gritaria”, disse.
A reportagem buscou o shopping, por meio de sua assessoria de imprensa, para se posicionar sobre as declarações do oficial da PM-AM em relação as imagens não disponibilizadas. Em nota, o estabelecimento se limitou a afirmar que a informação “não procede” e declarou que as imagens “foram enviadas à Polícia Civil do Amazonas”. “O shopping continua à disposição das autoridades policiais”, finaliza.
Além de policiais militares da Força Tática, a 22ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), uma equipe das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) e policiais civis do Centro de Operações Especiais do Amazonas (Core) foram até o shopping para atender a ocorrência.
A proprietária da joalheria foi encaminhada para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (Derfv), que é a unidade policial responsável pela investigação do caso. Ao ser conduzida por uma agente da Derfv, a empresária declarou “estar bem”, mas não quis comentar o caso.
Veja quem são os suspeitos:


