Show de Gusttavo Lima é cancelado e cantor diz que não é seu papel ‘fiscalizar as contas públicas’

O cantor diz que "não pactua com ilegalidades" e que não é seu papel "fiscalizar as contas públicas (Reprodução/Internet)
Com informações da Folhapress

SÃO PAULO – Um show de cachê milionário do cantor Gusttavo Lima foi cancelado na cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, anunciou o prefeito, José Fernando Aparecido de Oliveira, em vídeo nas redes sociais, neste sábado, 28.

cachê de R$ 1,2 milhão foi motivo de polêmica, nesta semana, após ser revelado que o dinheiro partia de uma verba destinada à saúde e educação, obtida a partir da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, a CFEM.

O cantor Gusttavo Lima (Instagram/gusttavolima)

A prefeitura também cancelou os shows de Bruno e Marrone, que receberiam R$ 520 mil. Os artistas se apresentariam no município, como parte da programação da 32ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos.

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Vale notar, porém, que o cantor já recebeu metade do cachê, pago em duas parcelas. Ele receberia o restante até 15 de junho, de acordo com o contrato da prefeitura.

Contudo, a cidade de 17 mil habitantes deve seguir com os shows de outros cantores sertanejos para a festa — ainda com a verba indevida. Dentre eles estão Israel e Rodolffo, contratados por R$ 310 mil, Di Paullo e Paulino — R$ 120 mil, João Carreiro — R$ 100 mil e Thiago Jhonathan — R$ 90 mil.

No vídeo, o prefeito cita o adiamento e afirma que a festa, na cidade, foi envolvida “numa guerra político-partidária” que não teria nada a ver com a celebração. Cita ainda que, por ela, já passaram nomes como Zezé Di Camargo e Luciano, Maiara e Maraísa e César Menotti & Fabiano.

“Infelizmente, nós vamos ter que adiar a vinda do ’embaixador'”, disse, referindo-se a Gusttavo Lima “e também a Bruno e Marrone, por questões eleitorais que tentaram envolver Conceição do Mato Dentro e minha honra pessoal”.

​​O cantor diz que “não pactua com ilegalidades” e que não é seu papel “fiscalizar as contas públicas”. O Ministério Público de Minas Gerais informou, nesta sexta-feira, 27, em nota enviada à reportagem, que faz uma apuração preliminar para verificar se houve irregularidades na contratação.

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