Sindicato pede cautela no retorno de aulas presenciais e lista pedidos à Prefeitura de Manaus e Governo

Retorno de aulas presenciais ainda é estudado pela Semed e Seduc. (Divulgação)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Mesmo que as aulas no formato presencial ainda não tenham sido anunciadas, a direção do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical) emitiu carta aberta se mostrando contrária ao retorno das aulas presenciais enquanto a epidemia de Covid-19 não for controlada no Estado.

O retorno das atividades escolares no formato presencial ainda não foi anunciado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e nem pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

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No documento, os professores informam sobre o contato direto com alunos. Eles explicam que, com cerca de 50 alunos em cada sala de aula, esse contato pode chegar a 250 alunos por turno de trabalho, mas, se somados, semanalmente, professores têm contato com até 800 alunos. Essa estimativa não contabiliza os demais alunos e funcionários da escola.

“Acreditamos que o retorno das aulas presenciais deve ocorrer apenas quando for seguro para alunos, professores, pedagogos e demais membros da comunidade escolar, o que ocorrerá apenas quando o sistema de saúde tiver capacidade de atendimento e internação”, diz a carta aberta.

Ainda de acordo com Asprom-Sindical, a suspensão das aulas, decidida pelo governador do Estado e pela Prefeitura de Manaus, como medida de evitar o contato entre alunos e professores e, consequentemente, o contágio do novo vírus, foi uma decisão acertada.

Diante disso, o Sindicato listou algumas solicitações para um retorno seguro entre elas a manutenção das normas de distanciamento social na escola, a implementação imediata da Lei 257/2015 que estabelece 1 metro quadrado por aluno em sala de aula, assim como a oferta de serviços de assistentes sociais e psicólogos nas escolas, para orientar e auxiliar a quem necessitar, sobre a perda de entes queridos.

Entre os pedidos, está ainda a disponibilização de máscaras para todos da comunidade escolar, e de água corrente, sabonete líquido e álcool gel 70% na entrada das unidades educacionais, áreas comuns e em banheiros.

Para garantir a segurança, o Sindicato pede ainda, adoção de protocolo para organização do horário da merenda, bem como da sua distribuição, contratação de pessoal de apoio, visando uma melhor organização da rotina escolar e limpeza, aferição de temperatura dos alunos, funcionários e de todas as pessoas que adentrarem o ambiente escolar.

E por fim, que o atendimento ocorra com hora marcada e número reduzido, além da suspensão temporária de reuniões de pais e mestres e de todos os eventos que propiciem aglomerações.

“Reforçamos a nossa preocupação para que o retorno das aulas ocorra com
segurança para todos, bem como a importância do diálogo para que as ações corretas sejam tomadas e que o retorno às aulas presenciais não coloquem em risco a saúde e a vida de nenhum membro da comunidade escolar, lembrando sempre as inúmeras e insubstituíveis perdas que tivemos devido à propagação do Coronavírus”, finaliza o documento.

Por meio da assessoria de imprensa, a Seduc e a Semed informaram à REVISTA CENARIUM, que o retorno das atividades escolares na forma presencial só “será feito quando for seguro para alunos e professores” e que “a data vem sendo estudada”.

(*) Com informações da assessoria

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