Sob Governo Milei, PIB da Argentina cai 5,1% e País entra em recessão técnica

Javier Milei tomou posse como presidente da Argentina no fim de 2023 (Composição: Weslley Santos/Revista Cenarium)
Da Cenarium*

BUENOS AIRES | AFP – O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina contraiu 5,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, informou nesta segunda-feira, 24, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em comparação com o trimestre anterior, a queda foi de 2,6%.

O setor de construção, com uma queda de 19,7%, foi o mais afetado na comparação em relação ao mesmo período do ano passado, seguido pela indústria manufatureira, com uma contração de 13,7%, e as atividades de intermediação financeira, com uma diminuição de 13%.

A única alta registrada pelo Indec foi nas exportações, que tiveram um aumento de 26,1%.

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O presidente argentino, Javier Milei, comemorou o resultado nesta segunda em um discurso na República Tcheca, última parada de uma turnê europeia.

Ele disse que seu governo fez “o maior ajuste fiscal não apenas da história argentina, mas também da humanidade” e que está “devolvendo ao setor privado 15 pontos do PIB“.

O economista ultraliberal assumiu em dezembro de 2023 e, desde então, aplicou um ajuste nos gastos do Estado que cortou fortemente obras públicas, reduziu e eliminou órgãos estatais, suspendeu o financiamento às províncias, demitiu milhares de funcionários públicos, desregulamentou preços e eliminou subsídios, em um país com metade da população na pobreza.

Paralelamente, o instituto de estatísticas também divulgou o desemprego, que atingiu 7,7% da população economicamente ativa no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 0,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ao observar setores específicos para a população de 14 anos ou mais, considerada em idade de trabalhar, a taxa de desemprego foi de 8,4% para as mulheres e 7% para os homens.

A inflação na terceira maior economia da América Latina atingiu 71,9% nos primeiros cinco meses de 2024 e 276,4% em 12 meses, níveis sem precedentes em três décadas, de acordo com os últimos dados oficiais.

(*) Com informações da Folhapress e AFP
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