Sob pressão, Exército abre processo disciplinar contra Pazuello por ato político com Bolsonaro

A justificativa é semelhante a que foi apresenta pelo ex-ministro Eduardo Pazuello (Jorge Hely/Folhapress)

Com informações da Folha de S. Paulo

No primeiro dia útil após a ida do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello a um palanque político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o Exército abriu um procedimento disciplinar contra o general da ativa. A abertura do processo foi confirmada à Folha por integrantes da cúpula da Força. Eles pressionam para que seja cumprido o regulamento da instituição. Por outro lado, bolsonaristas pressionam a favor da preservação de Pazuello, que blindou Bolsonaro ao depor na CPI da Covid.

O comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, se reuniu nesta segunda (24) com o ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto, para discutir o gesto do ex-ministro da Saúde, que causou constrangimento ao meio militar.

PUBLICIDADE

Ficou decidido que uma posição formal sobre o caso deveria ser dada pelo Exército, mas isso não ocorreu mais de 30 horas após o episódio. Integrantes do Alto Comando da Força pressionam pela divulgação de uma nota em que haja uma posição do Exército em relação ao ato praticado pelo ex-ministro da Saúde.

Chegaram a ser avisados de que haveria a divulgação de um comunicado, que acabou não ocorrendo até a noite. ​A expectativa era que a nota do comando do Exército detalharia a posição da Força sobre a participação de um general da ativa num ato político e também as medidas formais adotadas, com informação sobre a abertura do procedimento pelo comandante. No Ministério da Defesa, a informação dada era no mesmo sentido. Após a reunião com o ministro, o comandante iria providenciar um posicionamento a respeito.

Leia mais

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.