Sobrevoo do Greenpeace Brasil flagra o avanço do fogo sobre a Floresta Amazônica
02 de agosto de 2022
Os focos de calor em julho se concentraram nos Estados do Pará, 31,3%, Amazonas, 26,6%, e Mato Grosso, 22,3% (Divulgação)
Com informações da assessoria
MANAUS – De acordo com os dados do Inpe, “Programa Queimadas”, publicados no dia 31 de julho, 5.373 focos de calor foram registrados no bioma Amazônia, 7,9% maior que o mesmo período do ano passado. Sua grande maioria, senão todos, são ilegais visto que o Decreto N° 11.100/22 proibiu o uso do fogo, no Brasil, em especial, na Amazônia e no Pantanal desde 23 de junho de 2022.
Os focos de calor em julho se concentraram nos Estados do Pará, 31,3%, Amazonas, 26,6% e Mato Grosso, 22,3%. A Amazônia segue sob intensa ameaça com a ilegalidade e destruição ainda devastando grandes áreas, conforme mostram as imagens registradas pelo Greenpeace Brasil, em sobrevoo realizado na última semana na região do Sul do Amazonas e em Rondônia.
“Este é só o início do verão Amazônico, estação com menos chuvas e umidade onde, infelizmente, a prática de queimadas e incêndios florestais criminosos explodem, seja para queimar as áreas que foram derrubadas, recentemente, e deixadas para secar, ou mesmo queimando áreas de florestas que já foram degradadas pela extração ilegal de madeira, por exemplo.
Imagem registrada pelo Greenpeace Brasil (Divulgação)
Toda essa destruição e fogo, além de dizimar a floresta e a sua rica biodiversidade, também afeta a saúde da população local por conta da fumaça e fuligem gerada”, comenta Rômulo Batista, porta-voz da Amazônia do Greenpeace Brasil.
No primeiro semestre de 2022, os alertas de desmatamento do Inpe apontaram para um aumento de 10,6% na devastação, em relação ao mesmo período de 2021, um triste recorde com quase 4.000km² de destruição. Um reflexo dos atos e omissões do poder executivo e legislativo que promoveram o desmantelamento das políticas ambientais e sociais promovidas desde a Constituição de 1988.
Imagem registrada pelo Greenpeace Brasil (Divulgação)
“Infelizmente, é muito difícil ser otimista para os próximos meses, na Amazônia, sendo um ano eleitoral no qual, historicamente, a destruição aumenta muito. Mas também são meses decisivos para refletir sobre a Amazônia que precisamos, escolhendo representantes que irão proteger a Floresta Amazônica, o maior patrimônio de todos os brasileiros, com a sua rica biodiversidade e os povos que nela habitam”, conclui Rômulo.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.