Início » Sociedade » Sol, praia e pandemia: banhistas de Manaus ignoram máscaras e distanciamento mínimo
Sol, praia e pandemia: banhistas de Manaus ignoram máscaras e distanciamento mínimo
Praia da Ponta Negra, em Manaus, no Amazonas, lotada exibe um verão incomum para um período pandêmico (Ricardo Oliveira/ Revista Cenarium)
Compartilhe:
02 de agosto de 2020
Mencius Melo – da Revista Cenarium
MANAUS – Cartão postal da capital amazonense e o lugar preferido dos banhistas nos fins de semana, a praia da Ponta Negra neste domingo, 2, não parece estar na mesma cidade que ganhou repercussão mundial, por conta da abertura de covas comuns, feitas para enterrar vítimas da Covid-19, durante ápice da pandemia, que vitimou 3.283 pessoas no Estado.
Os visitantes e vendedores ambulantes disputam espaço na areia com as rodas de samba e a turma da “pelada”. Tudo se via, menos gente com máscara de proteção, na praia localizada na Zona Oeste da cidade.
PUBLICIDADE
A reportagem da REVISTA CENARIUM foi ao local e flagrou a “mega-aglomeração” de manauaras que ignoram boa parte das recomendações de segurança sanitária, protocoladas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estudante de 20 anos, Mateus Ronan, conta o por que de não estar utilizando a proteção mínima e individual. “Minha máscara eu trouxe e está guardada na mochila”. Segundo ele, apesar da recomendação de saúde, ele prefere arriscar. “Eu sei que é perigoso não usar. Afinal, após 3 meses em casa, não tem como não vir a esse lugar bonito”, argumentou.
Sem “combate“
Vendedor de queijo e camarão assados, Marcelo Silva, chegou à praia às oito horas da manhã. Ele comentou a realidade difícil de não usar máscara, que agora é obrigatório. “É muito ruim ver isso. Além disso, não tem como as autoridades multarem tanta gente. São muitas pessoas, não tem combate”, reconheceu.
O vendedor de boias, Euler Pontes, reconhece que algo não está certo. “Por essa razão, nós funcionários da praia, usamos a máscara por consciência e também porque é lei. Se o Ministério Público mandar interditar a praia, já era para a gente”, atemorizou.
Para o vendedor, a situação inspira cuidado e o desdobramento da prática de frequentar o lugar, sem a devida proteção, pode prejudicar a renda de quem depende da economia gerada nas areias.
Euler reforça que ao menos os funcionários da praia, tentam dar exemplo. “Nós dependemos disso aqui e damos nosso exemplo usando a máscara. O problema é nós seguimos as regras, o povo não…”, finalizou.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.