‘Somos invisíveis aos olhos do poder público’, diz produtor cultural, candidato à Câmara de Manaus

Candidato Zé Maria Souza pretende garantir políticas públicas em defesa dos produtores de espetáculos em Manaus (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – “Nós temos um projeto que trabalha com a transformação e preocupação com o ser humano, objetivando promover valorização ao setor cultural”, disse na terça-feira, à REVISTA CENARIUM, o produtor cultural de 56 anos, Zé Maria Souza (Progressistas), que resolveu se candidatar à Câmara Municipal de Manaus (CMM).

O postulante destacou que a cultura é um dos segmentos que mais foram prejudicadas com a pandemia do novo Coronavírus no Brasil. Que por conta da ausência de políticas públicas específicas para a categoria, deixou trabalhadores sem perspectiva de emprego e renda.

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“Eu compreendo que um homem pode mudar uma nação. Nós temos um projeto, justamente, que trabalha com a transformação, com a preocupação ao ser humano, objetivando promover valorização ao setor cultural”, assinalou Zé Maria.

Zé Maria enfatizou que a classe cultural está esquecida em Manaus. (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Há 30 anos atuando nos bastidores da realização de eventos na capital amazonense, o candidato desabafou que a classe de Backstage, que trabalha atrás dos palcos, é esquecida. “Muitos amigos nossos passaram muita dificuldade, conseguimos muitas coisas promovendo eventos, realizando lives e fazendo rifas”, explicou.

“Até então eu não era candidato, aliás, essa nunca foi minha intenção. Mas com a candidatura, vi que podia ajudar ainda mais minha categoria, pois nós não temos amparo social em Manaus. Muitos enfrentam problemas, sejam financeiros ou psicológicos. Somos invisíveis perante aos olhos do poder público”, desabafou.

Garantias

O candidato afirmou que pretende desenvolver um projeto de lei que possa garantir direitos, como assistência social, psicológica e além de financeira para os trabalhadores. “O nosso povo enfrenta um grande problema. Estamos praticamente passando fome, isso é uma realidade a ser enfrentada. Precisamos que o poder público olhe para o nosso pessoal”, reforçou.

Apesar de desacreditar na política, ele destaca que pretende ingressar na área vislumbrando ser um sinal de esperança, usando conhecimento adquirido em décadas trabalhando com grandes festivais folclóricos no Amazonas.

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