STF vai retomar julgamento sobre parcialidade de Moro em julgamento de Lula


02 de junho de 2021
STF vai retomar julgamento sobre parcialidade de Moro em julgamento de Lula
ONU indica que decisão anunciada nesta quinta-feira abre "precedente legal" para Lula (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro no caso do tríplex do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo dia 23 — dois ministros ainda não votaram: o decano, ministro Marco Aurélio Mello, e o presidente da Corte, ministro Luiz Fux. A data do julgamento será publicada oficialmente pelo STF nesta quarta-feira, 2.

No final de abril, o plenário do Supremo formou maioria para validar a decisão da Segunda Turma que considerou Moro parcial no caso do apartamento do Guarujá, mas o julgamento foi suspenso após pedido de vista do decano.

A data da retomada foi discutida pelos ministros que ainda não votaram para que o decano vote antes de sua aposentadoria, marcada para 5 de julho.

Nesta segunda-feira, a defesa do ex-presidente havia apresentado uma petição ao ministro Marco Aurélio para que enviasse um ofício ao presidente da Corte para a retomada do julgamento. O voto do decano está pronto desde o dia 29 de abril.

Apesar da maioria formada, a conclusão do julgamento é considerada importante pelos advogados de Lula, pois reflete no andamento dos processos contra o ex-presidente. Havia o temor de o caso não ser pautado antes da aposentadoria de Marco Aurélio e, com isso, novas condenações contra Lula serem praticadas pelos novos juízes que assumiram os casos.

No dia 8 de março, o ministro Edson Fachin anulou todas as condenações de Lula alegando que a 13ª Vara Federal de Curitiba, então comandada por Moro, não tinha competência para julgar os processos contra o ex-presidente. O ministro, porém, não invalidou os atos praticados pelo ex-juiz.

Sem a conclusão do julgamento sobre a suspeição, os quatro casos contra Lula que foram transferidos para o Distrito Federal poderiam usar o material coletado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente.

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