Suboficial condenado pelo 8/1 é expulso da Marinha


Por: Cenarium*

04 de junho de 2025
Suboficial condenado pelo 8/1 é expulso da Marinha
Manifestantes invadiram os três poderes da República em 8 de janeiro (Divulgação Agência Brasil)

MANAUS (AM) – A Marinha divulgou, nesta quarta-feira, 4, que expulsou o suboficial Marco Antônio Braga Caldas, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas realizados em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Ele já estava na reserva (o equivalente à situação de aposentado).

Caldas é o primeiro militar expulso das fileiras militares em razão de condenação no caso dos atos de 8 de janeiro, quando um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.  A decisão foi tomada após avaliação do Conselho de Disciplina encarregado de avaliar a situação do militar. Após o julgamento, foi definida a “exclusão a bem da disciplina do militar da situação de inatividade”.

Segundo regulamento dos militares, o Conselho Disciplinar é o órgão que avalia incorreções disciplinares e é composto por cinco membros. Esse grupo é reunido para julgar situações como essa, em que o militar é condenado pela justiça civil.

O STF determinou a execução da pena em dezembro do ano passado. Por enquanto, ele está preso em quartel da Marinha. Mas, com a expulsão, ele deve perder o direito à prisão especial. 

8 de janeiro

O 8 de janeiro de 2023 marcou um episódio grave na história política recente do Brasil. Nessa data, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, em Brasília. A ação ocorreu uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi motivada por teorias conspiratórias e alegações infundadas de fraude nas eleições.

As cenas de vandalismo chocaram o país e o mundo, sendo comparadas à invasão do Capitólio nos Estados Unidos em 2021. Os manifestantes destruíram obras de arte, móveis históricos e documentos oficiais, em um ataque direto às instituições democráticas. O governo federal respondeu com uma intervenção na segurança do Distrito Federal, prisões em massa e a responsabilização de autoridades omissas.

O episódio gerou forte reação da sociedade civil, dos meios de comunicação e da comunidade internacional, consolidando o repúdio à tentativa de golpe. Desde então, o Judiciário e o Congresso têm atuado para punir os envolvidos, reforçar a estabilidade institucional e preservar o Estado Democrático de Direito. O 8 de janeiro tornou-se símbolo dos riscos à democracia quando esta é corroída pela desinformação e pelo extremismo político.

(*) Com informações da Agência Brasil

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