Suframa: 58 anos de gratidão e compromisso com o desenvolvimento regional


Por: Yara Amazônia Lins

23 de novembro de 2025

Celebrar os 58 anos da Suframa é reconhecer uma história de conquistas, desafios superados e compromissos renovados com o futuro da Amazônia.

O modelo da Zona Franca de Manaus (ZFM), que a autarquia tem a missão de gerenciar e fortalecer, não é apenas um programa de incentivos fiscais. É, acima de tudo, um instrumento de desenvolvimento regional que sustenta a economia do Amazonas, promove a geração de empregos, financia a educação e impulsiona o progresso sustentável de toda a Região Norte.

O legado da Zona Franca de Manaus

Ao longo de mais de cinco décadas, a ZFM demonstrou sua importância estratégica. Hoje, mais de 85% da economia do Amazonas e cerca de 30% da geração de riqueza da Região Norte têm origem nas atividades do Polo Industrial de Manaus (PIM).

O que isso significa? Significa que, sem esse modelo econômico, estaríamos entregues a uma realidade de desenvolvimento predatório, de marginalização social e de proteção ambiental.

Vista aérea da Zona Franca de Manaus (Ricardo Oliveira/CENARIUM)

A presença das indústrias na capital amazonense vai muito além da geração de empregos e arrecadação tributária. Os recursos oriundos das empresas do PIM financiam:

  • A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), garantindo formação qualificada e oportunidades para milhares de jovens.
  • O Fundo de Turismo e Interiorização do Desenvolvimento (FTID), incentivando a descentralização econômica.
  • Os Fundos de Fomento para Micro e Pequenas Empresas (FMPES e FTI), fortalecendo os negócios locais.
  • O Fundo de Solidariedade do Gabinete do Governo do Estado, que atende necessidades sociais essenciais.

Ou seja, a economia do Amazonas depende diretamente do sucesso da Zona Franca de Manaus, e esse sucesso está vinculado à permanência e ao aprimoramento do modelo de incentivos, que garantem competitividade às indústrias instaladas na região.

O futuro: interiorização e bioeconomia

Manaus já se consolidou como um grande centro econômico, concentrando a maior parte das atividades industriais. Agora, é hora de olhar para o interior e fomentar a diversificação produtiva em toda a Amazônia Ocidental.

A bioeconomia, baseada no aproveitamento sustentável dos recursos naturais da floresta, surge como um caminho promissor para essa transição.

Precisamos de políticas públicas e iniciativas privadas que incentivem novas cadeias produtivas sustentáveis, garantindo que os benefícios econômicos cheguem a toda a população.

É fundamental assegurar que os recursos arrecadados pelo modelo da ZFM cumpram sua finalidade legal, promovendo desenvolvimento, inovação e melhoria real na qualidade de vida das populações do interior.

Agradecimento à Suframa e seu compromisso com o desenvolvimento

Ao longo de quase seis décadas, a SUFRAMA tem sido a guardiã desse projeto de desenvolvimento regional, adaptando-se aos desafios e garantindo que a Zona Franca de Manaus continue sendo um modelo de sucesso.

Neste momento de celebração, prestamos nosso reconhecimento e gratidão à autarquia e, especialmente, ao seu atual superintendente, Bosco Saraiva, que, com dedicação e compromisso, segue conduzindo esse bastão tão fundamental para o futuro da Amazônia.

Que a Suframa continue sendo uma referência na defesa do desenvolvimento sustentável, promovendo oportunidades para toda a região e assegurando que a riqueza gerada aqui beneficie, de fato, os irmãos do interior de toda a Amazônia .

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(*)Atual presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Yara Amazônia Lins é graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Amazonas e em Direito pela Universidade Paulista. Ingressou no TCE-AM em 1975 como taquígrafa, sendo auditora-adjunta em 1989 e auditora em 2002. Desde 2014 é conselheira da Corte de Contas.

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